“Reforma Luterana: nossa fé, nossa história”
* Raquel Kralike Lopes
“Celebramos, neste dia 31 de outubro, 506 anos da Reforma Luterana. O movimento iniciado com Martinho Lutero e outros reformadores, contra a venda de indulgências, uma carta de absolvição dos pecados que garantiria um lugar no céu, chega até nós em 2023! Sim, homens e mulheres seguem testemunhando ao longo da história, o agir amoroso e compassivo do nosso Deus! E por isso nos alegramos, pois, comemoramos nesse biênio, 2023-2024, 200 anos de presença Luterana no Brasil!
A nossa fé e a nossa história se firmam e entrelaçam num testemunho de esperança naquele que, conforme o relato de Gálatas 4.1, entregou a si mesmo pelos nossos pecados. Uma ação realizada de forma graciosa, cujo valor é inestimável. Ou seja, não há dinheiro no mundo capaz de pagar o preço do que Cristo fez, por amor a nós, naquela cruz. E é por isso que nós também sempre reafirmamos cantando: “ não é o dinheiro, não são os bens que podem definir o nosso valor, e é por graça, e é por fé, que somos feitos parceiros do amor.”
Somos parceiros do amor de Deus e partilhá-lo com o próximo é o nosso desafio diário. Ajudar as pessoas a perceberem o valor que elas têm diante de Deus, o nosso Pai, para que assim, permitam-se ser abraçadas, acolhidas e transformadas por esse amor, tem sido a nossa missão. Um testemunho bonito de quem se sente, verdadeiramente, contemplado pelo sacrifício da cruz.
E o nosso testemunho segue acontecendo também aqui, em solo mato-grossense e região, há 66 anos. Uma caminhada difícil e desafiadora, que exigiu muita coragem e fé e, que está sendo rememorada e celebrada, também através do hino de autoria do P. Isaías Steinmetz, Nossa fé, Nossa história, que nos chama a reafirmar: “Somente pela graça, pela fé no salvador, revelam as escrituras: Jesus é o Senhor.”
Por fim, é importante ressaltar que sim, nos orgulhamos da nossa caminhada enquanto pessoas cristãs luteranas; nos orgulhamos de dizer que o amor de Deus não está à venda. Mas também nos orgulhamos das relações restauradas, especialmente, com a possibilidade de podermos unir nossas mãos com outros irmãos e irmãs, e olhar para um horizonte em comum, a saber, a salvação em Jesus.”
* Raquel Kralile Lopes, é pastora da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Rondonópolis (IECLB)