Rondonópolis enfrenta surto de Rotavírus
Desde o final de agosto, Rondonópolis vem registrando casos de Rotavírus (rotavirose), fazendo com que famílias inteiras procurem atendimento em hospitais particulares ou públicos, conforme o relatado ao site Pura Notícia por uma dessas famílias, cujos membros estão sob tratamento desde o meio da semana passada, quando os sintomas apareceram.
Mantivemos contato com o coordenador da Vigilância Sanitária (Visa) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Paulo Padim, na tarde de ontem (7), que ainda não havia sido informado sobre o registro de casos de Rotavírus na cidade, o qual assegurou à reportagem que providências serão tomadas a partir de hoje, juntamente com outros setore da SMS, para que o surto possa ser minimizado evitando assim, maiores consequências à saúde da população, a qual também deve observar cuidados higiênicos para evitar o contágio e propagação do vírus
Principais sintomas
Segundo o Ministério da Saúde, os principais sintomas, são: ocorrências repentinas de vômitos, gastroenterite (diarreia com aspecto aquoso, gorduroso e explosivo) e febre alta, que podem ocorrer de formas leves e subclínicas nos adultos e formas assintomáticas na fase neonatal e durante os quatro primeiros meses de vida. Nas formas graves, o Rotavírus (rotavirose) pode provocar: desidratação, febre e até a morte, se a infecção não for tratada, adequadamente.
Transmissão
O Rotavírus (rotavirose) é transmitido pela via fecal-oral (contato pessoa a pessoa, ingestão de água e alimentos contaminados, contato com objetos contaminados e propagação aérea, por aerossóis) e é encontrado em altas concentrações nas fezes de crianças infectadas.
O período de incubação é de dois dias, em média, com a transmissibilidade excreção viral máxima acontecendo nos 3º e 4º dias, a partir dos primeiros sintomas. Apesar disso, é possível detectar o vírus nas fezes de pacientes, mesmo após a completa resolução da diarreia.
Tratamento
Cita o MS, que o paciente infectado deve ser tratado por meio da reposição de líquidos e minerais, para prevenir ou corrigir a desidratação, e manejo nutricional adequado, após a avaliação clínica, com tratamento adequado estabelecido conforme o Manejo das Doenças Diarreicas Agudas com correção da desidratação e do desequilíbrio eletrolítico; combate à desnutrição; uso adequado de medicamentos e prevenção das complicações, não sendo recomendado o uso de antimicrobianos, antidiarreicos e antieméticos.
Ações de prevenção
Outras ações de prevenção recomendadas pelo Ministério da Saúde, incluem práticas de higiene e consumo adequado de alimentos, tais como:
– Lavar sempre as mãos antes e depois de utilizar o banheiro, trocar fraldas, manipular/preparar os alimentos, amamentar, tocar em animais;
– Lavar e desinfetar as superfícies, utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos;
– Proteger os alimentos e as áreas da cozinha contra insetos, animais de estimação e outros animais (guardar os alimentos em recipientes fechados);
– Guardar a água tratada em vasilhas limpas e de boca estreita, para evitar a recontaminação.
– Não utilizar água de riachos, rios, cacimbas ou poços contaminados;
– Ensacar e manter a tampa do lixo, sempre fechada;
– Manter o aleitamento materno (aumenta a resistência das crianças contra as diarreias), evitando o desmame precoce.