Rondonópolis na rota do tráfico internacional de mulheres

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Ações começaram nas primeiras horas da manhã (Polícia Federal/Divulgação)

Ações começaram nas primeiras horas da manhã
(Polícia Federal/Divulgação)

Nas primeiras horas da manhã de hoje, policiais federais cumpriram mandado de busca e apreensão em um bairro de classe média alta de Rondonópolis, como parte da Operação Harem BR, que tem por objetivo desarticular um grupo criminoso voltado ao tráfico internacional de mulheres para fins de exploração sexual.
Interpol
Paralelamente, estão sendo cumpridos nove mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão preventiva, sendo cinco deles incluídos na Difusão Vermelha da Interpol, com diligências no Paraguai, Estados Unidos, Espanha, Portugal e Austrália, diante da suspeita de que alguns investigados estejam fora do País.
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal em Sorocaba (SP), que além de Rondonópolis, estão sendo cumpridos nas cidades de São Paulo (capital), Goiânia (GO), Foz do Iguaçu (PR), Venâncio Aires (RS) e Lauro de Freitas (BA).
Início de tudo
Conforme a Polícia Federal, as investigações foram iniciadas em 2019, em inquérito policial instaurado com base em desdobramento da denominada Operação Nascostos, que desarticulou um grupo de estelionatários que praticava fraudes pela internet, mediante a clonagem de cartões de crédito.
No curso dessa investigação (Operação Nascostos), identificou-se que algumas das compras feitas pelos estelionatários com cartões clonados foram de passagens aéreas, as quais tiveram como destinatárias duas mulheres que viajaram a Doha/Catar. Uma vez identificadas, essas vítimas de exploração sexual relataram cerceamentos de direitos a que foram submetidas nesse destino, bem como que receberam as passagens de um indivíduo que as agenciou para a prática dos atos de prostituição.
Com o avanço das investigações, identificou-se uma rede de agenciadores/aliciadores que atuava na exploração sexual, tanto em território nacional, quanto no exterior. Até o momento, a investigação apurou que os países para os quais houve viagens para fins de exploração sexual foram Brasil, Paraguai, Bolívia, Estados Unidos, Catar e Austrália.
Há indícios, ainda, de que em algumas viagens ao Paraguai, foram aliciadas/agenciadas pessoas menores de 18 anos.
Crimes investigados
Os crime investigados pela Polícia Federal, nessa operação, são:
1) Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual, de criança ou adolescente ou de vulnerável;
2) Tráfico de mulheres, para fins de exploração sexual;
3) Falsidade material e/ou ideológica e uso de documento falso;
4) Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual.
Caso Samuel

Samuel continua desaparecido

Tomara que essa operação da PF traga à tona informações também sobre o desaparecimento de crianças em Rondonópolis e na região, que há mais de dois anos estão sem solução, como é o caso do menino Samuel Victor da Silva Gomes Carvalho, à época com 6 anos, ocorrido no dia 20 de outubro de 2019, no bairro Jardim Iguaçu, que após ter saído de sua casa onde morava com a avó para brincar com amiguinhos, não foi mais visto, desde então.
Da Redação com Folhamax

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