Sem mamata
Por não ter Curso Superior e não ser parlamentar (para se beneficiar do foro privilegiado), o ex-ministro da Agricultura e deputado eleito no mês passado, Neri Gelller (PP), foi conduzido na manhã de ontem para a Penitenciária Regional Major Eldo de Sá Corrêa (Mata Grande) em Rondonópolis, após ter prestado depoimento na Polícia Federal.
A ação é decorrente da execução da Operação Capitu – desdobramento da Operação Lava Jato, baseado na delação do doleiro Lúcio Funaro, apontado como operador do MDB – que revelou esquema criminoso no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), de março de 2014 a dezembro de 2015.
O esquema criminoso envolve, segundo as investigações, pagamentos de propina a servidores públicos e agentes políticos.
Geller, que cumpre prisão temporária, também não será transferido para o Centro de Custódia da Capital (CCC), em Cuiabá, passando a dividir cela com outros detentos na Mata Grande, em razão de que na unidade prisional não há cela especial. Sua assessoria jurídica protocolou um pedido de habeas corpus, logo após ele ter sido interrogado pela PF.
Neri Geller – que é produtor rural e reside no Nortão de Mato Grosso – estava em Rondonópolis, para participar de um evento agropecuário, quando três agentes da Polícia Federal chegaram ao hotel em que ele estava hospedado, lhe dando voz de prisão.