Sisma denuncia situação alarmante do Hospital Regional de Rondonópolis
Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde do Estado de Mato Grosso (Sisma/MT), apesar do gerenciamento das unidades hospitalares estaduais de Mato Grosso através das Organizações Sociais de Saúde (OSS) ter se mostrado ineficiente desde o início da parceria com o governo do Estado, em 2011, apresentando baixo rendimento e altos gastos, os contratos vêm sendo renovados e mantidos pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Afirma o sindicato que a forma de gerenciamento foi revogada pelo Conselho Estadual de Saúde (CES) por sua ineficiência, mas a resolução com a deliberação do colegiado nunca foi publicada pelo Executivo.
“A mais recente prova de que a situação está caótica, pode ser constatada no Hospital Regional Irmã Elza Giovanella, de Rondonópolis, que é administrado pela OSS Gerir, do Estado de Goiás. O serviço de arquivo de prontuários, localizado em frente à unidade hospitalar, encontra-se com a energia elétrica cortada por falta de pagamento e os médicos contratados pela OSS, ameaçam paralisação motivados pelo atraso no pagamento de salários. Além disso, a unidade padece com falta de medicamentos e insumos, tendo racionamento e fracionamento nos poucos medicamentos em estoque, o que interfere diretamente na qualidade dos atendimentos prestados”, denuncia o Sismamt.
“A problemática já foi repassada aos órgãos de controle e também à gestão da Secretaria de Estado de Saúde (SES) reiteradas vezes, mas a situação não melhora”, enfatiza o presidente da entidade representativa, Oscarlino Alves.
Alves informa ainda que os servidores lotados no setor de arquivos de prontuários estão impedidos de exercer suas atividades, uma vez que o setor está sem energia elétrica, e não há um setor específico dentro da unidade hospitalar em que eles possam atuar. “Nossos servidores estão deliberadamente jogados pelo hospital, não tendo nenhum setor específico para executar suas funções. Não houve nenhum comunicado por escrito, sendo apenas verbalmente autorizados a não permanecerem no local insalubre, e sim para aguardar dentro do hospital para cumprimento de carga horária. Isso é um absurdo”, sintetiza o líder sindical.