Sispmur pede intervenção do MPE para retorno seguro das aulas

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Dirigente recorreu ao MPE

Dirigente quer retorno com condições seguras

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis (Sispmur) enviou ofício à promotora do Ministério Público Estadual (MPE), Patrícia Eleutério Campos Dower, afirmando que o município de Rondonópolis pretende retornar às aulas presenciais, no sistema híbrido, com falta de profissionais em várias unidades.
Com o objetivo de apresentar, em detalhes, a situação das escolas municipais, o sindicato realizou um levantamento em todos os 50 centros educacionais do município, que identificou além da carência de recursos humanos, a falta de materiais de trabalho. “Até agora, as aulas acontecem 100% remotas. Gostaríamos de saber como a Secretaria Municipal de Educação (Semed) está atendendo os alunos, com a grande falta de professores. Como essas aulas estão acontecendo?”, questiona, Geane Lina Teles, presidente da entidade classista.
O Sispmur também denuncia que o número de professores, assistentes de desenvolvimento educacional e estagiários foi reduzido, sob alegação que o atendimento é parcial. “Isso, é uma manobra nítida de contenção de despesas da Prefeitura. Uma tremenda irresponsabilidade. Agora eles querem voltar para o presencial [híbrido], com estrutura deficitária. Além de tudo, ainda tem as questões sanitárias. É preciso aumentar o número de ASDs [Auxiliar de Serviços Diretos]. Muitas unidades não têm condições de oferecer aulas e manter um bom distanciamento dos estudantes”, cita.
Todas as alegações e o relatório individual das unidades, foram anexadas ao ofício encaminhado para o MPE, com a solicitação de intervenção do órgão. “Esperamos que Ministério Público cobre da Prefeitura e Semed, um plano efetivo para o retorno das aulas, com presença de mão de obra efetiva, materiais de trabalho e segurança sanitária”, destacou a dirigente, ressaltando ainda que o MPE realizou audiências conjuntas com sindicato, Conselho de Educação e Prefeitura, onde várias pontuações foram feitas. “Mas o poder público tirou pouca coisa do papel. Temos milhares de pais aguardando o retorno das aulas. O que eles esperam e a sociedade também, é que tudo aconteça de forma organizada e com todos os protocolos de saúde, aplicados nas unidades”, finalizou Geane Teles.

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