Sispmur recebe denúncia de perseguição e cobra explicações da Prefeitura
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis – Sispmur, recebeu denúncias de servidores da Educação, que estariam sendo coagidos para não comparecerem nas paralisações convocadas pela entidade. O sindicato também recebeu servidores presencialmente que afirmaram que diretores escolares (indicados pelo Prefeito José Carlos do Pátio), estão cobrando reposição imediata daqueles que compareceram nas manifestações.
Caso o fato seja confirmado, o poder público municipal de Rondonópolis poderá responder criminalmente pela atitude.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional informa que, obrigatoriamente, o calendário letivo deve ser composto por 200 dias. Em Rondonópolis, segundo o calendário escolar do ano letivo de 2022, existem 205 dias para serem trabalhados. Ou seja, os profissionais têm dias de sobra a serem descartados, e desta forma, não necessita de reposição, pois não fere a LDB. “O caso é grave e caracteriza perseguição e assédio moral. Eles querem de todas as formas achar brechas para enfraquecer nosso movimento. Mas servidor público é como massa de pão: quanto mais bate, mais cresce. Nosso departamento jurídico já acionou e cobrou dos responsáveis pelas Secretarias de Educação e Gestão de Pessoas, explicações sobre tal conduta, afirmou a presidente do Sispmur, Geane Lina Teles, acrescentando que “Todo servidor tem direito de participar das convocações sindicais, realizadas mediante edital. A legalidade, está prevista no artigo 8º da Constituição Federal.”
Educação rejeita proposta
O Sispmur também encaminhou um ofício para o prefeito José Carlos do Pátio, comunicando que os trabalhadores da Educação rejeitaram a proposta do governo municipal.
A entidade justificou a decisão da categoria pontuando que “…o referido Projeto n. 36/2022 retiro direito adquiridos, principalmente no que refere ao “remanejamento de valores do horizontal e vertical”, bem como o Adicional de Tempo de Serviço, pois conforme demonstrado na tabela, não existe o ATS no início da carreira e no final da tabela, a incorporação irá até 29 (vinte nove) anos, não levando em consideração que o servidor homem trabalha até 35 (trinto e cinco) anos. E o mais importante o Adicional de Tempo de Serviço é direito do Servidor Municipal e não está sendo negociado esse direito.”
“Cabe aqui frisar que no ofício 07/2022, requeremos a administração, ganho real para todos os servidores de forma linear no percentual de l5%, pois a defasagem salarial de todos os servidores (instrumental, saúde, educação) é neste patamar, informamos ainda que há inconsistências nos Planos de Cargos e Carreira 225 / 2O16, 226 / 2O16 e 228 /20 1 6 e que conforme reuniões já realizadas no Secretaria de Gestão foram pontuadas e aguardam soluções.”
Os servidores municipais de Rondonópolis estão em estado de greve, desde 5 de maio. O aviso de uma possível greve geral foi votado no mesmo dia durante assembleia, que contou com a participação de 500 trabalhadores. “Há mais de um ano, trabalhadores do município tentam diálogo direto com o prefeito José Carlos do Pátio, sem êxito”, reforçou a líder classista, enfatizando que a última greve da categoria aconteceu no início de 2015 e durou mais de três meses.
Da Assessoria