Sistema eletrônico vai garantir rastreabilidade da madeira de Mato Grosso

(Divulgação/Secom MT)

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Aumentar a transparência e a rastreabilidade madeireira no setor florestal, é essencial para garantir a autenticidade de toda a sua cadeia de suprimentos. E para assegurar o controle da rastreabilidade da madeira, o Programa REM Mato Grosso (do inglês, REDD para Pioneiros) está financiando os ajustes do Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais, o Sisflora 2.0 (em substituição ao Sisflora 1.0).
Criado em 2006, o Sisflora 1.0 foi o primeiro sistema implantado no Brasil para o controle e monitoramento do transporte dos produtos florestais. E segundo Suely Mengon, Superintendente de Gestão Florestal da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA-MT) e uma das responsáveis pelo projeto de implantação do Sisflora 2.0, “atualmente ele é considerado um dos sistemas mais seguros da modalidade”.
Modernização
Apesar do Sisflora 1.0 ser um sistema pioneiro e consolidado, ainda faltava uma coisa: a Cadeia de Custódia. Trata-se de um instrumento de controle internacional altamente confiável, que proporciona a rastreabilidade da madeira de sua origem até o seu destino, por meio de coordenadas geográficas das árvores colhidas. O Sisflora 2.0 traz justamente esse mecanismo para aperfeiçoar ainda mais o sistema de monitoramento das madeiras do Estado.
“A Cadeia de Custódia será um dos avanços, um dos componentes mais importantes da nova versão do Sisflora. Hoje, cada produtor faz a sua cadeia de custódia dentro de um sistema deles”, afirma Suely ao acrescentar que o Estado passará a ter essa rastreabilidade dos produtos a partir do Sisflora 2.
A modernização do Sisflora faz parte das metas do Subprograma Produção, Inovação e Mercados Sustentáveis (PIMS) do REM MT, sob o comando de Daniela Melo. Segundo ela, a adequação completa do sistema deve ocorrer na segunda quinzena de janeiro do ano que vem.
Atualizações
O Sisflora 2.0, em relação ao seu antecessor, também possui mudanças importantes que permitem mais economicidade aos cofres do Estado. Um exemplo é a possibilidade de inserção de novas espécies de árvores no sistema, o que não ocorre na versão 1.0.
Outro diferencial é a disponibilidade dos dados do manejo florestal pelo Sistema Integrado de Monitoramento e Licenciamento Ambiental (SimLam). Com o Sisflora 2.0 será possível ver dados georreferenciados de cada árvore com informações do volume real por espécie e não de maneira estimada.
A secretária de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), Mauren Lazzaretti, destaca que com os ajustes finais do Sisflora, “o estado tende a ganhar no controle do consumo e transporte de produtos florestais”.
Já a SEMA, segundo ela, ganhará performance no atendimento das pequenas demandas e o produto mato-grossense terá mais confiabilidade.
Daniela, a coordenadora do PIMS, acrescenta ainda que o Programa REM MT ao investir na implantação do Sisflora 2.0 ajuda a suprir a necessidade da Superintendência de Gestão Florestal em garantir e facilitar a obtenção padronizada das informações necessárias para a fase de inventário florestal em um plano de manejo.
“Isso diminui a probabilidade de erro humano no lançamento de dados e, desse modo, também atende às solicitações do setor produtivo de base florestal”, reforça a gestora.

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