Suspeito por bomba em Brasília bloqueou estrada em MT, diz PRF

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Alan, que está foragido, liderou bloqueios em MT (Reprodução)

Alan, que está foragido, liderou bloqueio em MT
(Reprodução)

Suspeito de tentar explodir uma bomba em Brasília no último dia 24, o bolsonarista Alan Diego Rodrigues foi apontado pela Polícia Rodoviária Federal como líder de um bloqueio na BR-174, em Comodoro (MT).
A interdição começou em 31 de outubro, um dia após o segundo turno das eleições presidenciais. Documentos do Ministério Público, enviados ao STF, afirmam que o ato teve cerca de 15 pessoas e 8 veículos.
No dia 4 de novembro, a PRF esteve no local para desfazer o bloqueio e aplicou duas multas a Rodrigues. Mas o veículo que ele pilotava, uma caminhonete, pertence a outra pessoa: Paulo Adriano Gai Cervo, um fazendeiro e pecuarista da região que falou como representante do grupo em vídeos publicados nas redes sociais.
Na ocorrência, no entanto, a PRF registrou que era Rodrigues o líder da manifestação. O bloqueio foi desfeito, mas voltou a se formar dias depois, desta vez com “600 pessoas e 300 caminhões”.
A segunda mobilização teve “presença de indígenas em quantidade considerável”, conforme o MP-MT, e acabaria desfeita em 22 de novembro. Um dia antes, parte do grupo havia invadido a sede da concessionária Rota do Oeste, que administra a rodovia.
Os manifestantes estavam armados. Danificaram a unidade e tentaram detonar explosivos para deixar a estrada intransitável, mas foram impedidos pela polícia.
Não há, até o momento, indícios de ligação de Rodrigues ou Cervo com esta segunda onda de bloqueios em Comodoro. A reportagem tentou contato com ambos, por meio de mensagens, sem retorno. O espaço está aberto a manifestações.
No dia 13 de novembro, pelo menos um ônibus partiu de Comodoro para Brasília, levando uma caravana para os atos por intervenção militar no feriado da República. A reportagem não conseguiu confirmar se Rodrigues estava no grupo.
A partir do dia 24, o bolsonarista passou a postar em seu perfil no Instagram vídeos do acampamento em frente ao quartel-general do Exército, na capital federal. Ele continuou publicando no aplicativo até 20 de dezembro, quatro dias antes da descoberta do atentado a bomba.
Cervo, por sua vez, aparece em dois vídeos da página Comodoro Conectado, que cobriu em vídeo as manifestações no município. Em ambos, o fazendeiro e pecuarista fala em nome do grupo: o ruralista é também dono de pelo menos outras quatro empresas, de ramos variados, e doou R$ 22 mil a Bolsonaro na última campanha. Ele é criador de gado da raça Senepol e foi vice-presidente da associação de produtores rurais do Vale do Guaporé.
Já Rodrigues se declarou eletricista quando concorreu a vereador em Comodoro, em 2016, mas estaria atuando recentemente como taxista. Ele fugiu de Brasília e ainda não foi encontrado.
Fonte: UOL

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