Tarde demais
A decisão do senador mato-grossense José Antônio Medeiros (ex-PPS, ex-PSD e agora no Podemos) de entregar, nesta semana, o cargo de vice-líder de Michel Temer (PMDB) no Senado, acontece tarde demais.
Mesmo justificando que essa tomada de posição deve-se à sua filiação ao recém criado Podemos – que não faz parte da sustentação do governo golpista no Congresso -, Medeiros, por ações cometidas desde que assumiu o cargo em 2015, em substituição a Pedro Taques (PSDB) que se elegeu governador de Mato Grosso, comprometeu seriamente suas pretensões de vir a se eleger nas eleições do ano que vem, seja em que cargo for.
Medeiros, até assumir a senatoria por não ter nenhuma mácula em termos de política, era uma grande esperança junto aos eleitores mato-grossenses.
Mas tão logo assumiu o cargo – talvez picado pela “mosca azul” – se juntou a turma do “alto clero” do Congresso, composta por Aécio Neves, Aloysio Nunes (ambos do PSDB) e cia, e passou a seguir a cartilha dos que se achavam “donos” do Congresso Nacional, votando a favor de várias medidas do atual governo, prejudiciais ao trabalhador brasileiro.
Agora, resta pagar por seu posicionamento radical.
E não adianta ficar pulando de partido em partido.
Avisado, ele foi!