Temer diz que quer ser lembrado como “alguém que reformulou o país”
Com apenas 10% de popularidade, Michel Temer (PMDB) disse – em entrevista à agência espanhola Efe, na semana que passou – que quer ser lembrado como “alguém que reformulou o país”, depois da crise econômica e política, com medidas “duras”, “profundas” e reformas impopulares, como a trabalhista e a previdenciária.
Dizendo que não se preocupa com a avaliação da sociedade, Michel Temer frisou que esse reconhecimento virá com o tempo, assim que ele conseguir colocar o Brasil “nos trilhos”.
Cassação
Confiando que o processo de cassação ao seu mandato se arrastará na Justiça, Michel Temer colocou que não sabe qual será a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas acredita que ela vai demandar recursos, tanto internamente no tribunal como seguramente para o Supremo Tribunal Federal (STF). “Há ainda, um longo percurso processual a percorrer”, confia ele.
Mesmo assim, declarou que acredita que o TSE vai declarar “improcedente” e separar as contas da sua campanha das apresentadas pela ex-presidente Dilma, conforme defendem seus advogados. Temer alega que não houve irregularidades na sua prestação de contas.
Caixa 2
Em relação às declarações dos delatores da Odebrecht, de que todas as campanhas políticas no país são abastecidas com caixa dois, Temer minimizou afirmando que o assunto é uma opinião da Odebrecht. “A Odebrecht é que acha que todos os políticos se serviram do caixa dois. Aliás, ao assim se manifestarem, dizem que eles são os produtores do caixa dois”, afirmou, assegurando que conhece muitos políticos que não utilizam desse expediente para se eleger, e se incluiu nesse grupo.
No frigir dos ovos, enquanto a política neste país está chafurdando na lama – que é de pleno conhecimento do mundo todo -, com o povo se segurando prá não “acender o estopim”, o cara que deu o golpe – galgando cargos públicos sem os votos necessários para tanto -, se acha no direito e na maior cara-de-pau, de dizer que será lembrado como alguém que reformulou o país.
Ainda por cima, certo de que tocará seu desastrado mandato até o fim, confiando na demora da Justiça.
É muita petulância!
Da redação com Congresso em Foco