Terceira fase de operação contra traficantes de drogas sintéticas cumpre 151 ordens judiciais em MT e no PR
Além das prisões e buscas, investigações têm como foco a desarticulação financeira dos investigados
A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), deflagrou, na manhã de hoje, a 3ª fase da Operação Doce Amargo, para cumprimento de 151 ordens judiciais, sendo 43 mandados de prisões preventivas, 54 mandados de busca e apreensão e 54 ordens de bloqueio de contas, com alvo especialmente em traficantes de drogas sintéticas, que atuam em toda região metropolitana de Cuiabá.
As ordens judiciais foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) de Cuiabá, após representação por medidas cautelares elaborada pelos delegados da DRE, com base nas investigações realizadas pelas equipes policiais da especializada.
Os mandados estão sendo cumpridos em diversos bairro de Cuiabá e nas cidades de Cáceres, Campo Novo dos Parecis, Santo Antônio do Leverger, Castanheira, no Mato Grosso e em Foz do Iguaçu, no Paraná.
A operação faz parte dos trabalhos da Operação Erga Omnes, deflagrada dentro do planejamento da Polícia Civil de Mato Grosso, para combate à atuação de facções criminosas no estado.
Funcionamento do esquema
No curso das investigações conduzidas pela DRE, foram identificados traficantes envolvidos com o comércio de drogas sintéticas como ecstasy, MDMA, LSD, popularmente conhecidas como “bala”, “roda” e “doce”, além de outras substâncias como variações de maconha, que eram comercializadas com usuários de melhor poder aquisitivo em bairros considerados nobres da Capital e em festas e baladas.
Esses traficantes atuavam de forma associada, dividindo tarefas e sendo fornecedores diretos a outros contatos, também somando valores para compra de maiores quantidades de drogas com qualidade mais refinada.
Outra parte dos investigados se associava ao grupo comprando drogas para fornecimento a terceiros, captando usuários e intermediando uma espécie de rateio para ampliação das vendas ilícitas. Destacou-se ainda na investigação a participação de alguns investigados vinculados a uma facção criminosa que atua no Estado de Mato Grosso, mediante o pagamento de espécie de taxa para execução das atividades ilícitas.
As buscas e apreensões foram cumpridas em condomínios e residências em diversos bairros da Capital, mobilizando 51 equipes da Polícia Civil, com um total de 230 policiais de várias unidades da Diretoria de Atividades Especiais e Diretoria Metropolitana, além de delegacias do interior do Estado e Paraná.
A terceira fase da Operação Doce Amargo faz parte do trabalho contínuo de combate ao tráfico de drogas sintéticas pela DRE, que também atua permanentemente no combate ao tráfico doméstico e outras investigações de maior complexidade.
Doce Amargo
O nome da operação faz uma junção de palavras, como “doce”, referência à forma como drogas sintéticas são denominadas pelos usuários e “amargo”, em referência ao dissabor experimentado pelos investigados diante da repressão estatal.