Perda irreparável (Latuff)

Perda irreparável
(Latuff)

O incêndio que durou mais de seis horas, ontem à noite destruiu o Museu Nacional na Quinta da Boa Vista no Rio de Janeiro, fazendo virar pó um acervo de 20 milhões de itens. Entre os destaques estavam a coleção egípcia, que começou a ser adquirida pelo imperador Dom Pedro I; o mais antigo fóssil humano já encontrado no país, batizado de “Luzia”, com cerca de 11.000 anos; um diário da Imperatriz Leopoldina; um trono do Reino de Daomé, dado ao Príncipe Regente D. João VI, em 1811; o maior e mais importante acervo indígena e uma das bibliotecas de antropologia mais ricas do país.
O prédio foi criado por D. João VI e completou 200 anos em 2018. O edifício era tombado pelo patrimônio histórico e foi residência da família Real e Imperial brasileira. Sua estrutura era de madeira, o que permitiu que as chamas se espalhassem com mais facilidade. O prédio também sofria com a falta de manutenção, como cupins que corroíam a estrutura e queda de reboco.
Ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Museu Nacional vinha sofrendo com os cortes orçamentários, há pelo menos três anos.
O sinistro é mais um descaso do governo golpista brasileiro e da classe política, para com as riquezas históricas e culturais do Brasil, os quais colocam a disputa do Poder sempre em primeiro lugar.
Da Redação com El País

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