UFR cria dois novos cursos na área de saúde

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UFR campus

(Arquivo)

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A Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) aprovou a criação de dois novos cursos na área da saúde: Terapia ocupacional e Fonoaudiologia. Os projetos pedagógicos foram aprovados no dia 2 deste mês, durante a reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe). A forma de ingresso para os novos cursos, será por meio do Sistema de Seleção Unificada (SiSU).
De acordo com a diretora da Faculdade de Ciência da Saúde, professora Magda de Mattos, a previsão de início das turmas já é para 2025. “Entendemos a importância desses cursos, não somente para a nossa região, mas para o Brasil como um todo”, reforça a diretora, reforçando a importância da ampliação da oferta de cursos da universidade. Ela explica que os projetos serão agora submetidos ao Ministério da Educação (MEC) por meio do sistema do governo.
A reitora da UFR, professora Analy Castilho Polizel de Souza, explica que os cursos foram criados após um levantamento dos cursos existentes na região e um estudo da demanda de profissionais. “É uma carência muito grande de profissionais a nível de Mato Grosso, a nível de Brasil a esta carência. Então, pensando no desenvolvimento socioeconômico da nossa região e na ampliação do atendimento de profissionais de saúde para a população, tenho a satisfação em anunciar a criação desses dois cursos”, celebrou a reitora.
Os cursos serão ofertados no período noturno, com 50 vagas para Terapia Ocupacional e 40 vagas para Fonoaudiologia. Os interessados que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) podem concorrer a uma vaga nesses cursos por meio do processo seletivo do SISU 2025. A reitora também aproveitou a oportunidade para reafirmar o compromisso da UFR, com a oferta da bonificação de 15% para os candidatos que cursaram o ensino médio no estado do Mato Grosso.
A Universidade Federal de Rondonópolis agradece o tratamento dado pela Secretaria de Ensino Superior (Sesu), do Ministério da Educação, pelo acolhimento da demanda e celeridade nos processos para viabilizar a criação destes cursos tão importantes para o estado de Mato Grosso.
Cursos promovem ampliação de tratamentos de saúde e acessibilidade
Os cursos de Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional desempenham um importante papel na promoção da acessibilidade e inclusão social, principalmente ao capacitar os profissionais para identificar e intervir nas barreiras que limitam a participação de indivíduos com deficiências ou dificuldades de comunicação e mobilidade. A formação nesses campos permite que os profissionais contribuam para a melhoria da qualidade de vida e a superação de obstáculos em diferentes contextos sociais, educacionais e profissionais.
A Terapia Ocupacional (TO) tem ganhado destaque como uma profissão importante para a promoção da saúde e inclusão social. Este profissional trabalha para promover a autonomia e melhorar a qualidade de vida de pessoas com dificuldades físicas, emocionais ou cognitivas. Por meio de seu conhecimento, o terapeuta é capaz de avaliar as habilidades e limitações do paciente e propor intervenções terapêuticas que podem incluir exercícios de força e coordenação motora, técnicas de reabilitação cognitiva e treinamentos em habilidades sociais e emocionais.
O Brasil conta com cerca de 17 mil terapeutas ocupacionais, uma média de 6,6 profissionais para cada 100 mil habitantes. Contudo, muitas regiões enfrentam uma escassez deste profissional, como é o caso de Rondonópolis e região. A falta de profissionais especializados em Terapia Ocupacional cria barreiras de acessibilidade e implica em uma diminuição da expectativa de vida de pessoas que precisam dessa especialidade para desenvolverem suas rotinas e habilidades, como é o caso de pessoas com transtornos do neurodesenvolvimento, dentre outros transtornos.
Já a Fonoaudiologia é um ramo da área da saúde que atua no diagnóstico, prevenção, tratamento e reabilitação de distúrbios relacionados à comunicação e à deglutição. Este profissional trabalha com questões que envolvem a fala, a voz, a audição, a linguagem e até aspectos da motricidade oral. O fonoaudiólogo pode avaliar os distúrbios da comunicação e deglutição, propondo tratamentos que visam à reabilitação do paciente.
Atualmente, entre as diferentes regiões do Brasil, a Região Sudeste concentra 38,6% dos cursos de Fonoaudiologia. Por outro lado, as regiões com menor oferta são a Norte, com 9,6%, e a Centro-Oeste, com apenas 6%. No Estado do Mato Grosso, o curso de Fonoaudiologia é oferecido apenas por uma instituição privada na capital, Cuiabá, tornando difícil o acesso a essa para a população de Rondonópolis e região.
Thiago Cardassi/Assessoria

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