UFR é considerada universidade mais empreendedora de Mato Grosso

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Membros das empresas juniores da UFR

Membros das empresas juniores da UFR

A Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) é considerada a Instituição de Ensino Superior mais empreendedora do estado de Mato Grosso. A classificação foi obtida por meio de análise realizada pela Confederação Brasileira de Empresas Juniores (Brasil Júnior) e o resultado publicado no Ranking de Universidades Empreendedoras 2023. A UFR ficou em quinto lugar na região Centro-oeste e em vigésimo entre as instituições públicas do país.
O ranqueamento é realizado a cada dois anos e classifica as universidades a partir de seis critérios de avaliação: inovação, extensão, cultura empreendedora, capital financeiro, infraestrutura e internacionalização. Em 2023, mais de 100 instituições foram analisadas, contando com a participação de mais de 34 mil estudantes em todo o país. A divulgação do resultado ocorreu na última semana em sessão solene na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF).
Emancipada há cerca de quatro anos, esta é a primeira vez que a UFR participa da seleção. O professor Fábio Nobuo Nishimura, diretor de empreendedorismo e desenvolvimento tecnológico, explica que o bom posicionamento é importante porque promove a visibilidade da universidade, fortalece o eixo da política institucional de inovação e empreendedorismo e, com isso, o processo de implantação da cultura empreendedora.
“Este resultado é o esforço de todas as ações de mobilização, de capacitação, de orientação que tivemos junto com a comunidade acadêmica. Isso para nós é fator primordial porque, com o ranqueamento, você tem um parâmetro de comparação. […] A gente fica muito feliz porque o suor e o esforço para você emplacar empreendedorismo é muito difícil”, comentou o professor.
De acordo com a Brasil Júnior, responsável pelo levantamento, o resultado foi obtido por meio da coleta e análise de dados provenientes de três diferentes fontes: uma pesquisa de percepção, respondida por estudantes de graduação de todo o Brasil, a obtenção de dados em bases de dados secundárias e as informações prestadas pelas próprias universidades participantes.
A organização não possui fins lucrativos e esclarece que a visão de empreendedorismo sugerida pelo ranking não parte da concepção popular que entende a figura do empreendedor como apenas aquele que desenvolve seu próprio negócio. Nos estudos propostos, empreendedora é a universidade que desenvolve a sociedade por meio de práticas inovadoras.
No documento de apresentação da pesquisa, uma universidade empreendedora é definida como uma comunidade acadêmica inserida em um ecossistema favorável ao desenvolvimento da sociedade por meio de práticas inovadoras, o que requer uma postura empreendedora, caracterizada pela proatividade na resolução de problemas, disposição para assumir riscos e aproveitar oportunidades.
Neste sentido, a cultura empreendedora não diz respeito apenas às estratégias de colocação profissional, mas também às práticas de inovação, ao desenvolvimento de habilidades relacionadas ao trabalho em equipe, gestão de pessoas, relacionamento com clientes, criatividade e inteligência emocional.
Atualmente, a UFR mantém quatro empresas juniores em funcionamento ligadas aos cursos de administração, ciências econômicas, engenharia mecânica e medicina. Além disso, duas incubadoras de empresa estão em processo de abertura, uma social e outra de economia mista. As ações estão ligadas à Secretaria de Inovação e Empreendedorismo (SIE), que compreende estas iniciativas como uma estratégia para ambientar os discentes com as demandas de pequenas, médias e grandes empresas da região.
Bruno Távora, acadêmico do curso de Ciência Econômicas, é membro de uma das empresas juniores da instituição. De acordo com o estudante, a experiência promove o aprendizado para lidar com desafios reais, a trabalhar em equipes, tomar decisões, e buscar soluções inovadoras: “minha participação na empresa Júnior me traz muita experiência profissional. Eu consegui fazer as ações profissionais, consegui me desenvolver profissionalmente, ganhar mais experiência enquanto estou aqui fazendo a minha graduação”, afirmou.
O diretor de empreendedorismo e desenvolvimento tecnológico, Fábio Nobuo Nishimura, faz uma análise e considera que, atualmente, “a comunidade como um todo já interpreta diferente esse nível de sensibilidade, do que é inovação e o que é empreendedorismo. Tem muito o que crescer, tem muito o que melhorar, mas eu acredito que hoje já está bem diferente do que era antigamente. Então esse ranking vem para demonstrar isso: que a consciência do empreendedorismo dentro da universidade muda. A universidade tem esse papel também”, concluiu o professor.

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