Valentões da Era Bolsonaro

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Arma estava carregada (O Extra)

Arma estava carregada
(O Extra)

No clima das hostilidades contra as minorias e achando que o Brasil é propriedade deles, alguns bolsonaristas “avançam o sinal” e demostram coragem, ao portarem uma arma.
Foi o que fez o coronel reformado do Exército, Valnes Paiani Durão (66 anos), que será investigado sob a suspeita de ameaçar um casal de mulheres, Raquel Teixeira e Thuany Pereira, com uma arma na Praia dos Ingleses, em Florianópolis (SC), na noite de terça-feira última.
Conforme o Boletim de Ocorrência, o militar aposentado – que visitava familiares, na capital catarinense – Valnes Durão, após as duas voltarem de um mergulho no mar de mãos dadas, começou a filmá-las com um celular dizendo “Olha, na era Bolsonaro, duas sapatas na praia”.
“Fiquei muito incomodada e imediatamente fui até ele pedindo que apagasse o vídeo, dizendo que assim como qualquer pessoa nós tínhamos o direito de estar ali e que eu chamaria a polícia se fosse necessário. Na tela do celular era possível ver que eles estava enviando o vídeo em um grupo no WhatsApp”, relatou Raquel.
Após ser questionado pelas duas mulheres sobre o vídeo, o coronel reformado afirmou que não aceitaria “ser peitado por duas mulheres” e que iria até o seu carro pegar uma arma. “Quando ele disse isso, eu duvidei. Não sabia quem ele era e achei que estava blefando. Mas após voltarmos para a nossa mesa, ele surgiu na nossa frente com uma arma e apontou o cano dela na direção do peito da minha esposa. Ele pegou uma cadeira, sentou na nossa frente, e ficou nos ameaçando com aquela arma dizendo “vai lá chamar a polícia agora e seus amiguinhos”, disse ela.
Raquel conseguiu ligar para a polícia ao mentir para despistar Durão, dizendo que ia pagar a conta do que havia consumido na praia. No depoimento, o ex-coronel admitiu que havia gravado o vídeo e que se referiu as duas mulheres dizendo “olha, duas sapatas na mesa”. Ele negou que teria ido até o carro pegar uma arma e que na verdade já estava com ela no local. Após dizer que tinha porte de arma, o ex-militar decidiu não se pronunciar mais.
A Polícia Civil de Santa Catarina informou que o caso será decidido diretamente no Poder Judiciário. O boletim de ocorrência informa ainda que o homem estava alcoolizado e que a arma que estava com ele era um revólver, carregado com cinco munições, que foi apreendida.
Na ocorrência consta ainda, que Durão se negou várias vezes a assinar o termo de apreensão da arma e que “ficava intimidando os policiais que ali estavam, filmando e falando que ia enviar as imagens para o presidente, pois era seu amigo íntimo”.
Com informações de O Extra

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