Vereadores são denunciados por estelionato e formação de quadrilha
O Ministério Público (MP) denunciou por estelionato e formação de quadrilha os 14 vereadores de Osasco, na Grande São Paulo, investigados na Operação Caça-Fantasma.
Segundo o subprocurador-geral Mário Sarrubbo, as provas e depoimentos colhidos ao longo de quase um ano de trabalho indicam a existência de um esquema de contratação de funcionários fantasma. “Há fortes indícios de que eles estariam contratando funcionários e serviços fantasmas e se apropriando, mediante fraude, de dinheiro público”, enfatizou em entrevista à Agência Brasil. As acusações atingem dois terços dos 21 parlamentares que compõe a Câmara Municipal de Osasco.
Mandados de prisão
Foram expedidos ontem, mandados de prisão contra os acusados, mas apenas dez foram presos. De acordo com Sarrubo, o vereador Rogério Lins (PTN), que foi eleito em novembro prefeito de Osasco, está em viagem ao exterior, uma vereadora está internada, e os demais não foram encontrados. “As buscas continuam”, ressaltou o promotor.
Segundo o Ministério Público, as prisões foram pedidas porque os vereadores continuavam a agir, mesmo após a deflagração da operação. Entre os elementos que sustentam o inquérito, Sarrubbo destacou os acordos de delação premiada, feitos com testemunhas que agora estão sob proteção.
Esquema
Os vereadores são suspeitos de manter um esquema de funcionários fantasmas e de captar parte do salário de assessores. O Ministério Público estima que R$ 21 milhões foram desviados com as fraudes. Os acusados devem agora ser intimados e apresentar defesa prévia para que a Justiça decida, em seguida, se eles se tornarão réus no processo.
Essa prática é comum, na maioria dos Legislativos municipais brasileiros.
Poucos são os que passam ilesos!
Com Agência Brasil