Viagem de Bolsonaro pode prejudicar o agronegócio brasileiro

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Visita pode ameaçar exportações brasileiras (Ronen Zvulun/REUTERS)

Visita pode ameaçar exportações brasileiras
(Ronen Zvulun/REUTERS)

Alegando que a viagem a Israel, onde chegou na madrugada de hoje para visita de quatro dias, abrirá intercâmbio nas áreas de ciência e tecnologia, defesa, segurança pública, saúde e medicina, Jair Bolsonaro pode estar dando um passo com grandes reflexos negativos para o agronegócio brasileiro – seu maior apoiador, nas eleições de 2018 – com prejuízos  ao setor que podem chegar a 10 bilhões de dólares por ano, em exportações.
É que os 22 países da Liga Árabe – que representa o segundo maior grupo comprador de proteína animal produzida no Brasil, cujas exportações para o Oriente Médio no ano passado, somaram 13,5 milhões de dólares, dentro de um total de 7,1 bilhão de dólares do superávit brasileiro – já ameaçaram suspender a importações de todos os produtos brasileiros, caso Bolsonaro mude a embaixada do Brasil, de Tel Aviv para Jerusalém ou mesmo seja aberto um escritório comercial.
No quatro dias da visita, Bolsonaro não fará visita à sede da Organização para Libertação da Palestina (OLP), que divide Jerusalém, com Israel, rompendo laços históricos com o povo palestino, anteriormente selados.
Consta da programação ainda, a absurda condecoração à Brigada de Busca e Salvamento do Comando da Frente Interna de Israel que esteve em Brumadinho (MG), por ocasião do rompimento da barragem da Vale e até agora não se sabe para que, com Comenda da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, a mais alta honraria do governo brasileiro concedida a estrangeiros.
De menor importância, mas não menos inexplicável, é a presença de Flavio, o filho nº 01 de Bolsonaro, na comitiva presidencial.
Quando não é um que passeia às nossas custas, é o outro!

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