Zezé di Camargo perdeu a oportunidade de ficar de “bico calado”

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Estudante perseguido por policiais na Avenida Rio Branco em 1964 (Evandro Teixeira/Agência JB/Dedoc)

Estudante perseguido por policiais na Avenida Rio Branco no Rio, em 1964
(Evandro Teixeira/Agência JB/Dedoc)

Na semana passada, o cantor, compositor e agora “historiador” Zezé di Camargo entrou em um assunto que não deve conhecer a fundo, durante entrevista à jornalista Leda Nagle, sobre a situação atual do País.
Em determinado trecho da entrevista, um dos filhos de Francisco disse que não existiu ditadura militar no Brasil e que houve sim, um “militarismo vigiado”.
O sertanejo não deixou claro, com sua colocação, se os militares eram vigiados ou se eles é que vigiavam os demais.
A omissão de informações nos livros de história – consideradas pelos militares, ironicamente, como tabu – contribuiu enormemente para que as gerações que precederam àquele negro e nefasto período, pensem assim e desconheçam a realidade que se processou nos 21 anos ( 1964-1985) em que o Brasil esteve sob a ditadura militar ou regime de exceção.
E Zezé di Camargo, tão vitorioso em sua carreira artística, perdeu oportunidade ímpar de ficar calado ao adentrar em um assunto que feriu profundamente, a alma da Nação.

 

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