À deriva
Três importantes setores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Rondonópolis, conforme repassado ao blog, estariam sendo conduzidos por pessoas inabilitadas para as funções, que não são servidoras de carreira e o pior de tudo: não possuiriam nenhum conhecimento das áreas em que estão lotadas.
Vamos por parte:
Um deles, é a Central de Regulação – que faz o encaminhamento para exames de alta complexidade (no município e fora dele) e para a ocupação de leitos nas unidades hospitalares, das redes pública e privada de Saúde.
O segundo, é o de Gestão do SUS – que dentre as várias atividades, “chefia” a Central de Regulação e a ocupação de leitos.
E o terceiro e de fundamental importância, principalmente diante da pandemia de coronavírus, é o Departamento de Saúde Coletiva (que agrega os de vigilâncias Epidemiológica, Ambiental, Sanitária e ainda o de Saúde do Trabalhador).
Os três setores, teriam tido substituições feitas por indicações políticas: a Central de Regulação, por intercessão de um vereador, que ocuparia cargo de destaque na Mesa Diretora da Câmara Municipal de Rondonópolis (CMR) e que, com isso, visaria obter votos, para se reeleger; a Gestão do SUS, para acomodar uma ex-secretária do Gabinete do prefeito Zé Carlos do Pátio (SD); e o de Saúde Coletiva, a pedido de um deputado estadual da região.
Os três cargos percebem salários acima de R$ 3.500,00 e os dois primeiros vêm sendo administrados por servidoras de carreira, em razão das nomeadas políticas estarem afastadas dos mesmos desde março deste ano (mas recebendo, religiosamente, os salários, todo mês) sob a justificativa de serem portadoras de comorbidades e, por isso, temerem ser infectadas pelo coronavírus.
O terceiro cargo, pelo que se pode notar pela falta de ação, principalmente em relação a monitoramento de casos suspeitos de coronavírus (que não vem sendo realizado, diariamente) e de fiscalização enérgica ao cumprimento das medidas restritivas pela população, bem comprova o desconhecimento da função pela responsável.
É oportuno e justo salientar, que as nomeações políticas para esses três cargos importantíssimos da SMS, não teriam recebido aprovação da secretária de Saúde Izalba Albuquerque – servidora de carreira e com vasta experiência na área- , que por ser subordinada diretamente ao prefeito Zé Carlos do Pátio, teve que engolir os “sapos” goela abaixo.