Advogada teve parte do crânio afundada pelo assassino

“Foi um crime bárbaro, que ficou caracterizado pelo feminicídio praticado em razão do gênero da vítima, sendo a vítima brutalmente espancada e asfixiada até a morte, pelo fato de ser mulher”, disse o delegado Marcel de Oliveira, que investiga o assassinato brutal  da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca, 48 anos, ocorrido na madrugada de sábado para domingo, em Cuiabá.
A vítima, segundo apurou a investigação, foi brutalmente espancada enquanto, supostamente, mantinha relações sexuais com o ex-policial militar Almir dos Reis, 49 anos, causando afundamento de parte do crânio da advogada.
Crime
Conforme levantado pelos policiais, os dois haviam se conhecido naquela noite no Bar Edgare, no Jardim Primavera, na Capital, e resolveram ir à casa de Almir no bairro Santa Amália, no Jeep Renegade da vítima, para ficarem mais à vontade.
Na residência do ex-PM, os dois teriam iniciado um ato sexual, classificado como violento, pela Polícia Civil. Não está descartado também, que a vítima não tenha consentido com alguma prática sexual e que num acesso de fúria, o assassino a tenha espancado com socos no peito e barriga, além de bater fortemente a cabeça de Cristiane contra a cama e outros móveis do quarto.
Desova
Após cometer o crime, de acordo com a polícia, o assassino colocou roupas da cama na máquina de lavar e limpou a residência.
Na sequência, ele vestiu o cadáver da advogada e o colocou no banco do passageiro do veículo, levando o carro até o Parque das Águas onde o deixou com a vítima morta, em seu interior, que foi encontrada domingo à tarde.
A polícia chegou ao assassino, após rastrear o celular da advogada, que estava com ele.
Preso em flagrante na manhã de hoje (14), Almir dos Reis foi levado à Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), onde prestou depoimento e foi indiciado por feminícídio.
Internação
Portador de doença mental, por determinação judicial Almir dos Reis deveria ter sido internado no Centro Integrado de Assistência Psicossocial Adauto Botelho, em Cuiabá, no final de junho deste ano, mas não havia vagas.