Anvisa alerta para casos de doenças após vacinação

Anvisa emitiu alerta, ontem (Marcelo Camargo)

Anvisa emitiu alerta, ontem
(Marcelo Camargo)

Conforme informação da Agência Brasil divulgada ontem (12), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou comunicado alertando para casos registrados em outros países de inflamações no músculo cardíaco e no tecido que envolve o coração, em pessoas que foram imunizadas com vacinas contra a covid-19 que usam RNA mensageiro, como a da Pfizer/BioNTech.
Os episódios foram identificados por autoridades sanitárias dos Estados Unidos. O principal órgão do setor naquele país (FDA, na sigla em inglês) apontou o risco dessas duas doenças (chamadas de miocardite e pericardite), sobretudo entre as pessoas que receberam as duas doses.
Em seu comunicado, a Anvisa destaca que ainda não houve registro de situações como essa no Brasil e que os riscos desse tipo de ocorrência é baixo, sendo superado pelos benefícios da imunização com essas vacinas no combate à covid-19.
O alerta da agência visa chamar a atenção especialmente dos profissionais de saúde para que fiquem atentos a esses riscos e atuem no diagnóstico e tratamento, caso estes tipos de complicações sejam detectadas.
Os sintomas mais comuns, conforme a Anvisa, são dor no peito, falta de ar, palpitações ou mudanças no ritmo dos batimentos cardíacos.
Vacina da Janssen
A FDA, agência que regula medicamentos nos Estados Unidos, irá incluir um novo evento adverso raro na bula da vacina contra Covid-19 da Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson. Segundo informações do The New York Times, as autoridades federais americanas identificaram cerca de 100 casos suspeitos de síndrome de Guillain-Barré entre os receptores da vacina. Após analisar os casos, eles concluíram que o risco de desenvolver a doença após a vacina é baixo, mas parece ser de três a cinco vezes maior que entre a população em geral.
Diante disso, a agência planeja incluir o problema como um dos possíveis efeitos colaterais raros do imunizante, mas reitera que os benefícios da vacina ainda superam qualquer perigo.
A síndrome de Guillain-Barré é uma doença do sistema nervoso, que causa paralisia temporária. Considerada de caráter autoimune, ela pode surgir em qualquer momento da vida e ser desencadeada após uma infecção. Seu início também já foi associado a outros imunizantes. A condição é reversível, mas pode deixar sequelas em 20% dos pacientes e matar 5% dos acometidos.
Em comunicado divulgado nesta segunda-feira,12, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) disseram que a maioria dos casos ocorreu cerca de duas semanas após a vacinação e principalmente em homens, muitos com 50 anos ou mais. Até o momento não há relatos entre a síndrome e outras vacinas contra o novo coronavírus, como a da Pfizer-BioNTech ou Moderna. Por outro lado, seis casos da doença foram relatados na Austrália, após a administração da vacina de Oxford-AstraZeneca, que utiliza tecnologia semelhante à da vacina da Janssen. No entanto, ainda não há comprovação de que o imunizante britânico possa causar a doença.
Outros eventos adversos
Essa não é a primeira vez que eventos adversos raros são associados às vacinas contra Covid-19 e incluídos na bula. No início do ano, as vacinas da Janssen e de Oxford-AstraZeneca, feitas a partir de vetor viral, foram associadas a casos raros de trombose. O efeito colateral foi considerado raro, mas incluído na bula e o imunizante passou a ser contraindicado para determinados públicos, como gestantes.
Para quem sentiu algum desconforto após a vacinação e acredita que o sintoma pode está relacionado ao imunizante, a recomendação é acessar o sistema eletrônico VigiMed e notificar a suspeita de evento adverso.
Como diz o ditado, estamos na situação de que “Se correr o bicho pega; se ficar, o bicho come”!
Da Redação com Agência Brasil e Veja

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