Apoiador de Bolsonaro deu ao menos 15 facadas e tentou decapitar defensor de Lula, diz delegado

O crime aconteceu na zona rural de Confresa (Policia Civil)

O crime aconteceu na zona rural de Confresa
(Policia Civil)

Rafael Silva de Oliveira, de 22 anos, matou colega de trabalho motivos políticos e está preso preventivamente. Não houve ingestão de bebida alcoólica antes da discussão, segundo a Polícia Civil.
O trabalhador rural que na noite desta quinta-feira (7) matou um colega de trabalho durante uma discussão por política em uma chácara em Mato Grosso disse, em depoimento, ter dado ao menos 15 facadas na vítima (veja mais no vídeo acima).
Segundo a polícia, Rafael Silva de Oliveira, de 22 anos, que é apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), também usou um machado para tentar decapitar Benedito Cardoso dos Santos, que tinha 42 anos e era apoiador de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O crime ocorreu em Confresa, cidade a cerca de 1 mil km de Cuiabá. Rafael foi preso em flagrante por homicídio qualificado, por motivo fútil e motivo cruel e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.
A previsão era a de que o assassino fosse transferido, na tarde desta sexta-feira (9), para um presídio de Porto Alegre do Norte. Ainda de acordo com a polícia, Rafael tem passagens na polícia por estelionato e tentativa de estupro.
A vítima e o autor trabalhavam juntos como cortadores de lenha de uma cerâmica em uma propriedade na zona rural do município.
“Eles haviam acabado de jantar e fumavam um cigarro juntos, quando começaram a discussão [por motivação política]. Os dois estavam sozinhos, no barraco onde moravam”, disse o delegado responsável pelo caso, Victor Oliveira, em entrevista ao g1 e à TV Centro América.
“O que levou ao crime foi a opinião política divergente. A vítima estava defendendo o Lula, e o autor defendendo o Bolsonaro”, diz o delegado Victor Oliveira.
Rafael foi levado à delegacia, onde confessou o crime. Ele relatou que, durante a discussão, levou um soco e foi ameaçado com uma faca. Rafael, então, partiu para cima de Benedito e tomou a arma.
Ainda conforme a versão apresentada ao delegado, Benedito correu e foi perseguido por Rafael, que começou a golpear a vítima pelas costas. Benedito teria ficado caído no chão, momento em que o assassino aproveitou para acertá-lo no olho, no pescoço e na testa. Depois disso, Rafael foi até um barracão, pegou um machado e acertou o pescoço de Benedito, que ainda estava vivo.
Após o crime, o autor procurou atendimento médico em uma unidade de saúde do município com cortes na testa e na mão. Ele alegou que tinha sido vítima de uma tentativa de roubo.
O delegado afirmou que Rafael e Benedito não tinham consumido bebida alcóolica.
Ainda de acordo com o delegado, a vítima, que não tinha passagens pela polícia, trabalhava no local havia mais tempo o assassino, que morava em Confresa.
O caso foi encaminhado à Defensoria Pública, que deve designar um advogado para acompanhar o processo. Até a última atualização desta reportagem, o g1 não havia conseguido contato com o órgão.
Fonte: g1 MT

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