Assassinato brutal de três irmãs, choca cidade catarinense

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Julyane Horbach: uma das três vítimas (Foto: Arquivo Facebook)

Julyane Horbach: uma das três vítimas
(Foto: Arquivo Facebook)

Três crimes cometidos na segunda-feira (27) chocaram a população de Cunha Porã, tranquila cidade de 11 mil habitantes no Extremo Oeste de Santa Catarina: três irmãs, com idades entre 12 e 23 anos, foram brutalmente assassinadas a facadas dentro da casa onde a irmã mais velha, Julyane Horbach, vivia com o marido, Gilvane Meyer.
O principal suspeito do triplo assassinato é Jackson Lahr, 24 anos, ex-namorado de uma das irmãs, Rafaela Horbach, 15 anos, com quem ele tinha um filho de dois meses – o bebê estava na casa e foi poupado. A outra irmã era Fabiane Horbach, de 12 anos.
Segundo o delegado Joel Specht, responsável pelas investigações, Lahr foi preso na cidade de São Carlos, a cerca de 30 quilômetros de Cunha Porã. Ele passava por atendimento médico em um hospital da cidade já que, durante o crime, ele também foi atingido por golpes de faca desferidos por Meyer.
As vítimas foram enterradas na terça-feira, sob forte protesto e comoção na cidade. Para o delegado, o crime é um dos mais graves da história do município, fundado em 1958 como uma colônia para abrigar imigrantes protestantes de origem alemã. “Para uma cidade como Cunha Porã, o crime é chocante. A população ficou muito consternada com a família”, afirmou.
Pessoa calma
De acordo com as investigações, Lahr não tinha histórico de violência doméstica, mas já havia ameaçado a ex-namorada – na ocasião, Rafaela chegou a registrar um boletim de ocorrência por ameaça e a pedir proteção policial.
Para familiares, o acusado era uma pessoa calma. “As pessoas que foram ouvidas até o momento, inclusive familiares do Jackson, alegam que ele era um homem simples e calmo. Segundo os parentes, ele não apresentava comportamento violento e sempre trabalhou em lavouras da região”, afirma o delegado.
Em depoimento, Lahr confirma que esfaqueou o marido de Julyane, mas disse não se lembrar do que aconteceu depois disso. Segundo o depoimento, ele não tinha acesso ao filho, não aceitava o fim do relacionamento e não concordava com o pagamento de pensão alimentícia. A arma do crime ainda não foi encontrada pelos policiais.
No dia do crime, Meyer, após receber diversas facadas, se fingiu de morto e rastejou até a casa de um vizinho para pedir socorro. As três irmãs foram encontradas mortas.  O bebê foi encontrado pelos policiais dormindo em um dos quartos da casa.
Lahr será indiciado por triplo feminícidio e uma tentativa de homicídio qualificado. Os laudos periciais deverão ser concluídos hoje, sexta-feira. Os pais das vítimas, foram ouvidos ontem. As buscas pela faca usada no crime, continuam.
Fonte: Veja.com

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