Atriz Léa Garcia sofre infarto e morre em Gramado (RS)

Atriz receberia mais um prêmio na noite de hoje (Reprodução)

Atriz receberia mais um prêmio na noite de hoje
(Reprodução)

Artista receberia o Troféu Oscarito, hoje, no Festival de Cinema de Gramado
No início da manhã de hoje (15), a atriz Léa Garcia, de 90 anos, teve um infarto e morreu na cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul, onde estava participando do prestigiado Festival de Cinema.
Léa iria receber hoje à noite no evento, o Troféu Oscarito – a mais tradicional honraria do Festival.
Currículo cênico
A atriz coleciona em sua trajetória nas artes cênicas, quatro prêmios Kikitos com “Filhas do Vento”, “Hoje tem Ragu” e “Acalanto”, além de mais de 100 produções, incluindo cinema, teatro e televisão. Com uma célebre trajetória nas artes, foi indicada ao prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes em 1957, por sua atuação no filme Orfeu Negro que, em 1960, ganharia o Oscar de melhor filme estrangeiro, representando a França.
Nascida na Praça Mauá, no Rio de Janeiro, em 1933, Léa Lucas Garcia de Aguiar tinha extensa carreira em teatro, cinema e televisão, desenvolvendo consciência político-racial que ultrapassava sua atuação artística, com uma postura questionadora sobre o lugar do negro na sociedade e na arte.
Na televisão, Léa consolidou uma carreira de papéis marcantes em produções como “Selva de Pedra”, “Escrava Isaura”, “Xica da Silva” e “O Clone”. Ela foi peça fundamental na quebra da barreira dos personagens, até então destinados a atrizes negras. No cinema, atuou nos longas “Barba, Cabelo e Bigode”, “Pacificado” e “O Pai da Rita”. Ontem (14), havia confirmado negociações com a TV Globo para atuar no remake da novela Renascer.
Um de seus papéis de destaque no teatro foi com Orfeu da Conceição (1956), de Vinicius de Moraes, como Mira, no início de sua carreira. Ensaiando com o próprio autor, apresentou o espetáculo no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Após receber as homenagens póstumas da organização do evento e dos artistas que estão na cidade serrana do Rio Grande do Sul, o corpo será transladado pela família, para o Rio de Janeiro, onde será velado e sepultado.
Da Redação com Correio do Povo e G1

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