Aumentam os golpes por uso indevido de dados pessoais
De acordo com levantamento feito pela Superintendência do Observatório de Segurança da Secretaria de Estado de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp-MT), o uso indevido de dados pessoais foi responsável por 36,3% dos casos de estelionato este ano, que aumentaram 58% em comparação com o ano passado (11.664 casos registrados entre janeiro e outubro de 2020 e 7.377 no mesmo período de 2019).
Nesse aumento está incluído o período de isolamento social causado pela pandemia do coronavírus, que intensificou compras online e recebimento do auxílio emergencial e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), além de transação bancária. Na sequência do levantamento da Sesp aparece a clonagem de WhatsApp (responsável por 20,2%), seguida da modalidade de boleto falso, com 12,4% dos casos.
O restante das ocorrências registradas no Estado, estão distribuídas da seguinte forma: 9,3% através de redes sociais (Facebook, Instagram); 7,3% por sites de comércio eletrônico (OLX, Mercado Livre); 3,2% de venda simulada/produto não entregue; 2,9% outros (golpes pessoais, cobrança indevida); 2,7% cartão clonado; 1,9% golpe por contato telefônico/WhatsApp; 1,1% cheque falso/adulterado; 0,9% site falso; 0,6% golpe das panelas (produto de qualidade inferior); 0,1% golpe do falso sequestro; 0,1% depósito com envelope vazio.
Como evitar os golpes
Com a proximidade das festas de final de ano e também recebimento de gratificações, como décimo terceiro e férias, é preciso redobrar a atenção. As orientações principais são certificar os meios eletrônicos, no caso de compra online, optando por sites confiáveis e com certificado de segurança. Os bancos também oferecem algumas medidas, como cartão virtual, que só pode ser utilizado na internet.
Também é orientado ao cidadão que não acredite em qualquer conversa de estranhos, desconfie de preços abaixo do custo de mercado, procurar saber a idoneidade de quem está vendendo e, em caso de dúvidas, consultar alguém da família ou de confiança antes de transferir qualquer valor.
No caso de aplicativos como WhatsApp e Instagram, que costumam ser clonados, é importante adotar a autenticação de dois fatores ou de duas etapas. É um procedimento simples que, se ativado, exigirá, além do código de ativação, mais uma senha para acesso da rede social em outro aparelho ou na web.
Caso o número seja clonado, o fato deve ser formalizado ao administrador do aplicativo para que o número seja bloqueado imediatamente e é fundamental informar seus contatos por outros meios de comunicação. Caso você receba mensagem solicitando transferência de valor em dinheiro, ligue para a pessoa e cheque antes de transferir qualquer valor.
Confira mais orientações, na cartilha anexa.