Biomédico da região é condenado a mais de 19 anos de prisão por estupro (repetido) de vulnerável

Réu era servidor público no Hospital Municipal de Itiquira (Reprodução)

Réu era servidor público no Hospital Municipal de Itiquira
(Reprodução)

No dia 18 deste mês, o biomédico Pedro Alves Cabral, de 67 anos, recebeu condenação de 19 anos, cinco meses e 10 dias de reclusão, pelo estupro, por diversas vezes, de cinco vítimas com idade entre quatro a nove anos, em Itiquira, sul de Mato Grosso, além de indenização de R$ 10 mil – de caráter pedagógico e não punitivo – cada uma das crianças envolvidas.
A sentença foi prolatada pela juíza Fernanda Mayumi Kobayashi e o sentenciado também foi exonerado do cargo de biomédico da Secretaria de Saúde de Itiquira.
A condenação atende pedido do Ministério Público Estadual (MPE), através da 1ª Promotoria de Justiça de Itiquira, que havia denunciado o biomédico em março deste ano, que requereu a prisão preventiva pela prática de atos libidinosos, a fim de satisfazer a própria lascívia.
De acordo com a denúncia do MPE, “Pedro Alves Cabral, valendo-se do cargo e abusando da confiança que famílias humildes depositavam nele, se aproveitou de momentos de distração para praticar violência sexual contra as vítimas, tocando na genitália das crianças. Os crimes eram praticados quando o réu visitava as famílias, sob o pretexto de medir a pressão arterial ou entregar remédio a pessoas idosas”.
Na decisão da juíza consta que, “Do conjunto probatório dos autos, tem-se que as declarações obtidas nos depoimentos especiais das vítimas e das testemunhas tornam incontroversa a materialidade e a autoria delitivas, não havendo espaço para a tese da autodefesa (absolvição por ausência de autoria), porque genérica e desacompanhada de outras provas, tampouco da defesa técnica (absolvição do acusado por falta de provas). Há que se destacar que os relatos das vítimas, em ambas as fases do inquérito e processual, são congruentes, harmônicos e revelam sempre a mesma dinâmica dos fatos”.
Em razão da repercussão da prisão do biomédico, conforme o promotor de Justiça Claudio Angelo Correa Gonzaga, responsável pelo caso, outras cinco novas vítimas foram identificadas, “todas relacionadas ao mesmo delito em apuração, o que será objeto de uma segunda ação penal”, concluiu.

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