Brasil lidera ranking de crimes contra pessoas trans

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Manifestação em junho em Copacabana (RJ) (Tomaz Silva/ Agência Brasil)

Manifestação na praia de Copacabana em 2018 
(Tomaz Silva/ Agência Brasil)

Hoje, Dia Nacional da Visibilidade Trans o país tem pouco a comemorar, já que ocupa a primeira posição no ranking mundial de violência e assassinatos contra pessoas trans, de acordo com dados coletados na mídia, pela Trangender Europe (TGEU) – instituição que monitora os casos de assassinatos desse tipo em todo o mundo. Esse número pode ser maior, já que ocorrências desse tipo, geralmente, são sub-notificadas (comunicadas, mas não formalizadas).
De acordo com o relatório de 2018 da TGEU, o Brasil contabiliza 163 assassinatos (sendo 158 travestis e mulheres transexuais, quatro homens trans e uma não-binária) com 83% deles tendo requintes de crueldade. Até agora, somente 15 casos tiveram os suspeitos presos (9%).
Locais
A maior concentração dos assassinatos foi registrada no Rio de Janeiro (16 casos), seguido da Bahia, com 15 casos; São Paulo em terceiro, com 14 casos; Ceará, em quarto (13); e o Pará, em quinto lugar, com 10 assassinatos.
Vítimas
Aponta o relatório, que 65% dos assassinatos foram contra profissionais do sexo e 60% deles tendo acontecido nas ruas, sendo mais da metade (53%), por arma de fogo; 21% por arma branca e 19% por espancamento, asfixia e/ou estrangulamento.
O documento cita ainda que 80% dos assassinos não tinha relação direta com a vítima e 82% dos casos foram contra pessoas negras e pardas.
Faixa etária
O relatório concluiu que a maioria das vítimas eram jovens: 60,5% delas com idade 17 e 29 anos, numa  média geral de 26,4 anos.
Esperamos que não haja um recrudescimento nas hostilidades contra homossexuais e trans, principalmente pelo descaso “velado” dos atuais governantes do país.
Da Redação com  informações UOL

 

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