Cadeia à vista
Com a homologação ontem (20) da aguardada delação de José Riva pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), em relação ao pagamento de propinas na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), conhecido como “Mensalinho da AL”, acabou a paz e o sossego dos 37 (são 38, mas um deles faleceu em maio no ano passado, em acidente automobilístico na BR-163) ex e atuais deputados estaduais citados como participantes de esquema fraudulento, que lesou os cofres públicos do Estado em cerca de R$ 175 milhões, pelo período de 20 anos.
Rondonopolitanos
De Rondonópolis, os nomes constantes na delação são os de Teté Bezerra (MDB), Percival Santos Muniz (PDT), Hermínio J. Barreto (já falecido), Nininho (PSD), Sebastião Rezende (PSC), Gilmar Fabris (DEM), que teve o mandato cassado no ano passado e o de Blairo Maggi (PP), ex-governador, ex-senador e ex-ministro da Agricultura de Michel Temer, que teria dado continuidade ao esquema criminoso, durante seus dois mandatos à frente do governo do Estado.
A “Turma de Rondonópolis” na AL, teria embolsado cerca de R$ 35 milhões, do valor total desviado.
“Treta” bem documentada
Homologada pelo desembargador Marcos Machado, a colaboração premiada de Riva é composta de 57 anexos contendo documentos e vídeos, altamente comprometedores que não deixam “pedra sobre pedra”.
Com a homologação, José Riva irá cumprir prisão domiciliar e devolver R$ 92 milhões aos cofres públicos estaduais.
Da Redação com Olhar Jurídico