Caminhoneiros fazem paralisação nacional a partir de amanhã

Autônomos vão cruzar os braços (Arquivo/Gaúcha ZH)

Autônomos vão cruzar os braços
(Arquivo/Gaúcha ZH)

Em nota divulgada ainda na sexta-feira (18) pela Associação Brasileira de Caminhoneiros (ABCam)- que reúne cerca de 700 mil profissionais do volante pesado-, em decorrência do governo federal não atender às demandas apresentadas, a partir das 06 horas de amanhã (segunda-feira), a categoria dos caminhoneiros autônomos estará promovendo uma paralisação a nível nacional, como forma de cobrar medidas para minimizar o impacto do aumento do diesel, como a isenção de tributos. “O aumento constante do preço nas refinarias e dos impostos, que recaem sobre o óleo diesel tornou a situação insustentável para o transportador autônomo. Além da correção quase diária dos preços dos combustíveis realizada pela Petrobrás, que dificulta a previsão dos custos por parte do transportador, os tributos PIS/Cofins, majorados em meados de 2017, com o argumento de serem necessários para compensar as dificuldades fiscais do governo, são o grande empecilho para manter o valor do frete em níveis satisfatórios”, diz a nota.
Ofício – No início da semana passada, a ABCam enviou ofício ao governo federal, apontando que os caminhoneiros vêm sofrendo com aos aumentos sucessivos no diesel, o que tem gerado aumento de custos para a atividade de transporte. Segundo a associação, o diesel representa 42% dos custos do negócio. Citando dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), a organização afirma que 43% do preço do diesel na refinaria vem do ICMS, PIS, Cofins e Cide. No documento, a entidade reivindicou a isenção de PIS, Cofins e Cide sobre o óleo diesel utilizado por transportadores autônomos. A associação também propõe medidas de subsídio à aquisição de óleo diesel, que poderia ser dar por meio de um sistema ou pela criação de um Fundo de Amparo ao Transportador Autônomo.
Abastecimento  – A paralisação não fechará estradas, mas sim coibirá o carregamento de cargas, numa espécie de “operação braços cruzados”, podendo vir a comprometer o abastecimento da população, em todos os níveis.
O movimento é apoiado pelos proprietários de postos de combustíveis, que reclamam da perda de lucros com os sucessivos aumentos que vêm acontecendo e que chegam a 15,9% nos estabelecimentos – só na semana passada, foram quatro reajustes, num total de 12 nos últimos meses.
A paralisação deverá ter reflexos diretos sobre o abastecimento à população, uma vez que a categoria dos autônomos é responsável pela maior parte do transporte das cargas rodoviárias, que responde por 56% de tudo que é fabricado e consumido no País.
da Redação com Agência Brasil/Blog do Caminhoneiro 

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