Campus da Unemat: a Rondonópolis, as migalhas!

Vista aérea do campus Sinop (Pablo Tabile)

Campus Sinop, com área anexa para a extensão física
(Pablo Tabile)

Há 17 anos, Rondonópolis vem sendo preterida na questão de instalação de um campus da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), em claro desprezo pela importância sócio- econômica que o município possui, no contexto do Estado, enquanto em outros municípios de menor porte e de menor expressão socioeconômica, como Alto Araguaia, Alta Floresta, Barra do Bugres, Cáceres, Colíder, Diamantino, Juara, Luciara, Nova Mutum, Nova Xavantina, Pontes e Lacerda, Sinop e Tangará da Serra, isso já é realidade.
Lembro-me bem, sem querer ser parcial, que em uma de suas campanhas passadas, o atual prefeito Zé Carlos do Pátio (SD), foi voz solitária na defesa da implantação de uma unidade dessa instituição, em nossa cidade.
Àquela época, interesses – sabe-se lá de que origem –, não permitiram que isso acontecesse.
Agora, depois de muita gritaria e às vésperas da implantação da Unemat em Rondonópolis, mais injustiça se comete com a cidade que é o segundo polo produtor e arrecadador de tributos para os cofres do Estado.
Vejamos: enquanto uma sede PROVISÓRIA será destinada para a implantação aqui dos cursos de Ciência da Computação e de Letras – com previsão para o segundo semestre do ano, do curso de Direito -, para a Unemat de Lucas do Verde, o governo Pedro Taques (PSDB) está definindo convênio para a implantação de cursos de graduação em Engenharia Civil e Alimentos, com destinação de R$ 3,3 milhões. Paralelamente, está sendo construído um segundo campus da universidade em Sinop, também no médio norte de Mato Grosso, que terá graduação, especialização e mestrado e contará com um centro de pesquisas tecnológicas, destinado às áreas de Engenharia, numa área total de 25,4 mil m² , com edificação de 20 mil m², distribuída em três blocos, com capacidade para atendimento de 1,5 mil acadêmicos, em investimento público da ordem de R$ 12 milhões.
Reiterando, o que deixa a população e as comunidades estudantil e docente de Rondonópolis mais perplexas é que são daqui os três senadores mato-grossenses  – Wellington Fagundes (PR), José Antônio Medeiros (PSD) e o licenciado e atual ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi (PP) -, os dois deputados federais – Carlos Bezerra (PMDB) e Adilton Sachetti (PSB),  e os três estaduais Nininho e Gilmar Fabris (PSD) e Sebastião Rezende (PSC).
Apesar dessa força política enorme, Rondonópolis continua esmolando e esperando que o retorno da significativa arrecadação de impostos seja feito, mas emperra na incompreensível e letárgica vontade dos nossos representantes políticos, o que, no mínimo, podemos considerar como uma situação vergonhosa.
No mínimo!

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