Caos gerado pelos corruptos, não seria proposital?

Comandante do Exército não descarta intervenção (Correio Braziliense)

Comandante do Exército não descarta intervenção
(Correio Braziliense)

A bagunça e o desgoverno gerados pela corrupção no Brasil, passa pela desconfiança de que o “caos” que estão causando seja proposital e possa ser um pretexto para causar uma intervenção militar – como afirmou ontem à noite na entrevista ao jornalista Pedro Bial, o comandante do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas -, praticamente endossando as declarações semelhantes, dadas esta semana por seu subordinado, o também general da ativa, Antonio Hamilton Mourão.
É de se estranhar esse posicionamento do general Eduardo Villas Bôas, porque na segunda-feira (18), em declarações sobre a manifestação do general Mourão, ele havia citado, com ênfase, de que “não há qualquer possibilidade” de intervenção militar. “Desde 1985 não somos responsáveis por turbulência na vida nacional e assim vai prosseguir. Além disso, o emprego nosso será sempre por iniciativa de um dos Poderes”.
Ontem, Villas Boas se expressou de forma contrária, ressaltando que as Forças Armadas têm mandato para isso e podem sim, na iminência de um caos, deflagar uma intervenção no país.
Ao invés de se ver a Justiça triunfar sobre os que estão dilapidando a Nação, os colocando na cadeia pelos danos irreversíveis que estão causando ao país e a todos nós, uma declaração desse naipe, do comandante do Exército, leva-se a entender nas entrelinhas de que possa haver sim, o ato final do golpe perpetrado por Temer e seus comparsas, direcionado, principalmente, contra a crescente ascensão de Lula – conforme mostram as pesquisas-, para Presidente.
Há ainda o treinamento conjunto com os Estados Unidos na Amazônia, programado para o final do ano, que poderia ser um sinal de uma possível intervenção militar.
Com a intervenção, revestida de total legalidade, o “gran finale” iniciado por Aécio Neves, se concretizaria, sem a comoção popular que atos dessa natureza geram.
E mais uma vez, a vontade soberana do povo  protegida pela Constituição Federal  expressada pela maioria em 2016, seria ignorada, em nome da “defesa” da Pátria, pagando pelo caos provocado, unicamente, pelos corruptos, que salta aos olhos!

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