Caso Marielle pode ser federalizado
Raquel Dodge, procuradora-Geral da República, avalia falhas na investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e de seu motorista Anderson Gomes, analisa pedir intervenção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), tornando federalizadas as investigações a respeito do caso.
Para tanto, Dodge, que deixa o cargo no próximo dia 17, solicitou pediu acesso ao relatório final do inquérito conduzido pela Polícia Federal (PF) que investigou a tentativa de obstrução das investigações estaduais do caso, cujo inquérito foi aberto por solicitação sua, no ano passado, depois que o miliciano Orlando Oliveira Araújo, conhecido como “Orlando da Curicica”, disse estar sendo coagido por policiais civis do Rio de Janeiro, a assumir que encomendou a morte de Marielle.
Quem deve estar com “as calças na mão” por possíveis “respingos” da iniciativa da chefe da PGR, é Jair Bolsonaro (e seu filho Flávio), que apesar da movimentação de Raquel Dodge para ser reconduzida ao cargo, já sinalizou que irá nomear um homem para a PGR, que esteja “alinhado” aos seus interesses.
Talvez, diante da hipótese de federalização das investigações, o “mito” volte atrás e mantenha Dodge no cargo.
Deplorável que venha a acontecer desta forma e somente agora, já que o cargo de titular da PGR não deve ser negociado, em prejuízo da correta aplicação da Justiça e da culpabilização do ou dos mandantes dos dois assassinatos, que com as investigações passando para a PF, serão, finalmente, dados a conhecer.