Católicos e evangélicos se unem às centrais sindicais, na Greve Geral

A paralisação convocada para hoje (28) tem adesão de entidades como a CNBB e 11 grupos evangélicos. Ministério Público do Trabalho vê legitimidade na greve. Em Brasília, Congresso está cercado e Esplanada terá esquema especial de segurança
A greve geral convocada para hoje, além de mobilizar milhares de trabalhadores em diversas capitais do país, contará com apoio de católicos – através da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil – e de 11 grupos evangélicos, segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e das frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, organizadoras da paralisação.
Várias categorias já anunciaram adesão às manifestações contra as reformas da Previdência e a trabalhista – esta, já aprovada na Câmara, em tensa votação realizada na noite de quarta-feira -, patrocinadas pelo governo Michel Temer.
Esplanada fechada
De forma a conter o avanço dos manifestantes em direção ao Congresso e outros prédios da administração federal, a Esplanada dos Ministérios foi fechada desde a meia-noite de hoje. Trabalhadores de ao menos 25 unidades da federação, já confirmaram a adesão ao movimento grevista que defende o lema “Nenhum direito a menos”.
Lideranças religiosas
A mobilização contrária às reformas é apoiada, inclusive, por lideranças católicas e de igrejas evangélicas. No último dia 23, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) confirmou o apoio, por meio de uma nota referendada pelo Conselho Permanente do órgão.
Em outra frente, presidentes e representantes de igrejas evangélicas anunciaram que, em virtude das propostas de mudança no regime previdenciário brasileiro reunidas na PEC 287/2016, é preciso que “o governo construa mecanismos eficazes de cobrança dos altos valores devidos à Previdência Social e reduza as desonerações fiscais concedidas aos segmentos privados, em detrimento da saúde financeira do Estado”. Onze entidades religiosas assinaram o pronunciamento.
“A ideia é parar a produção, a circulação de mercadorias e a prestação de serviços como forma de protesto a essas reformas que eliminam de forma perversa, nefasta e desumana o conjunto de direitos da classe trabalhadora”, ressalta o Sindicato dos Professores do DF. “Estaremos unidos com as demais categorias e trabalhadores/as nesta sexta para demonstrar nossa insatisfação com as reformas em discussão no Congresso Nacional”, acrescenta a entidade, em nota que confirma a adesão da categoria ao ato.
Com Congresso em Foco

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