Cheia do Guaíba coloca Porto Alegre em alerta de mais inundação (veja mapa)
Nível das água copntinuam subindo (Lauro Alves/Secom RS)
(Lauro Alves/Secom RS)
Defesa Civil recomenda que população deixe a área de risco
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul (RS) emitiu alerta na noite deste sábado, colocando em aviso de inundação parte da cidade de Porto Alegre devido à cheia histórica do Lago Guaíba, que subiu mais de cinco metros ontem, maior nível já registrado.
Rios que desaguam no Guaíba
O Lago Guaíba é formado pela desembocadura dos rios Jacuí (84,6%), dos Sinos (7,5%), Caí (5,2%) e Gravataí (2,7%), que percorrem vários municípios do Estado onde o mau tempo persiste, recebendo ainda águas dos arroios situados às suas margens, abrangendo uma área de drenagem de 1/3 do território do Rio Grande do Sul.
A situação se torna ainda mais dramática, em razão de que as águas do lago ficam represadas na passagem estreita para a Lagoa dos Patos, a 57 kms da capital gaúcha, na altura do Parque de Itapuã, pertencente ao município de Viamão, que faz parte da Região Metropolitana de Porto Alegre.
Confira no mapa divulgado pela Defesa Civil do RS, as áreas com risco de inundação:
(Defesa Civil RS/Divulgação)
“A mancha em vermelho representa prováveis áreas de risco sob influência da atual elevação do Guaíba. Nem todos os locais cobertos pela manch,a serão atingidos da mesma forma. É preciso considerar a altura do terreno. Áreas mais altas não serão afetadas com a mesma intensidade do que as mais baixas. Quem mora em áreas mais baixas deve buscar abrigo em locais seguros, longe da zona vermelha do mapa”, informou o órgão gaúcho.
A Defesa Civil disponibiliza página na internet para a população verificar se está em área de risco e acrescenta que “não espere a água chegar, saia de casa com antecedência e vá para um local seguro. Proteja você e sua família”.
Chegou a 75 o número de pessoas mortas pelas fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul, de acordo com o último boletim da Defesa Civil divulgado às 09h deste domingo. Outros seis óbitos ainda estão em investigação e outras 155 pessoas estão feridas. Há ainda 101 pessoas desaparecidas.
O número de mortes superou a última catástrofe ambiental do estado em setembro de 2023, quando 54 pessoas perderam a vida. As autoridades afirmam que esse é o pior desastre climático da história gaúcha.
As chuvas também obrigaram 95,7 mil pessoas a abandonarem suas casas, entre 80,5 mil desalojados e 15,1 mil desabrigados. Ao todo, as cheias afetaram 707,1 mil pessoas no estado. Dos 497 municípios gaúchos, 332 foram afetados pelas tempestades, o que representa 66% do total.
O governo do estado pede doações. Neste momento, os itens mais necessários são colchões, roupa de cama, roupa de banho, cobertores, água potável, ração animal e cestas básicas, preferencialmente fechadas para facilitar o transporte. Saiba como doar.
Da Redação com Agência Brasil