Corpo de onça-pintada sem cabeça é avistado boiando em rio do Pantanal

Felino estava sem a cabeça (Reprodução)

Corpo do felino estava sem a cabeça
(Reprodução)

A Polícia Federal investiga a morte de uma onça-pintada adulta, avistada sema a cabeça, na manhã da última sexta-feira (17), boiando nas águas do rio Paraguai-Mirim, na região de Corumbá (MS).
Na tarde de sexta-feira, equipes da PF e da Polícia Militar Ambiental (PMA) se deslocaram para a região, visando localizar o corpo do animal, para encaminhamento à necropsia.
Diego Viana, coordenador do programa Felinos Pantaneiros, do IHP, contextualizou a situação em termos ambientais e econômicos para a região. “Com esse apoio tanto da PF e da PMA, cresce a importância da fiscalização e consciência dos pantaneiros em relação a esses fatos, além de ser um crime ambiental afeta negativamente para a imagem do Pantanal. No caso desse, de faltar a cabeça animal, só pode ter sido causado por ação humana, nenhum outro caso, como briga entre esses felinos causaria tal fato. Além de uma perda ecológica, temos prejuízo financeiro tendo em vista que temos exemplos, como na região do Porto Jofre, onde há o turismo de observações de onças-pintadas, que faturam anualmente milhões de dólares e Corumbá tem potencial para poder crescer nesse tipo de ação dentro do Pantanal”, disse ele.
Dados de felinos mortos
De acordo com o Instituto Homem Pantaneiro (IHP), entre os anos de 2016 a 2023, foi dado apoio à PMA e PF em cinco casos de onças-pintadas mortas, em três deles, foram encontrados projéteis de arma de fogo.
Em outros dois, das onças-pintadas Jout Jout e Tiago, na Serra do Amolar, que foram regatadas em 2020, foi identificado pela equipe técnica do IHP, que no corpo delas havia projeteis de chumbo. Porém, os animais sobreviveram.
Os órgãos policiais investigam se  o animal sofreu decapitação por ação humana ou foi atacado por algum predador natural.
Matar onça-pintada, é crime. Está previsto na Lei de Crimes Ambientais, lei federal número 9.605/1998, com pena de seis meses a um ano de prisão, além de multa.
Da Redação com Diário Corumbaense

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