Detentos mantem controle sobre Alcaçuz

Presos controlam a unidade (Foto: Andressa Anholete/AFP)

Presos controlam a unidade
(Foto: Andressa Anholete/AFP)

Até ontem –  sétimo dia de confronto na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte (RN) – o interior da unidade prisional continuava sob o controle dos detentos, apesar de não ter havido novos confrontos como os que foram vistos na quinta-feira (19). Três feridos foram retirados por cima dos muros da prisão e 11 detentos foram transferidos por ter direito à progressão da pena para o semiaberto.
De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde do estado, pelo menos 20 presos já foram retirados de Alcaçuz desde o dia 19. A maioria foi resgatada na madrugada de ontem.  Outros três homens foram retirados ontem à tarde por meio de macas içadas pelo Corpo de Bombeiros. O trabalho foi feito com a ajuda de cordas para ultrapassar os altos muros da unidade, já que as forças policiais estaduais têm acesso livre somente à parte de fora.
O secretário estadual de Segurança Pública e Defesa Social, Caio César Marques Bezerra, declarou à imprensa ontem à noite que a guarda do presídio “está no perímetro externo e nas guaritas”. “O choque e o Bope entraram para definir uma área de não confrontação e estamos mantendo esses limites”, informou. “Temos as guaritas para fazer a proteção e o patrulhamento externo”.
A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) retiraria ontem à tarde 17 presos de Alcaçuz – a maioria deles teve a pena migrada do regime fechado para o semiaberto. No entanto, segundo a pasta, cinco deles se negaram a sair. Os outros onze foram transferidos para outra unidade prisional, para onde voltarão diariamente para dormir. O 17° saiu pela “porta da frente”, de acordo com a imprensa local, pois recebeu um alvará de soltura.
Mortos sem resgate
O secretário também confirmou que existem detentos mortos dentro do presídio que ainda não foram retirados. “Não foi possível ainda entrarmos com as equipes de perícia e Polícia Civil (PC), estamos preparando essas operações para o fim de semana, porque isso precisa da investigação de campo, dos exames de campo para confirmar se há novas vítimas fatias – e sabemos que há – e também os feridos que hoje se encontram”, disse.
Ele explicou que a Polícia Militar (PM) não está fixa dentro da unidade porque a corporação só entra para conter conflitos. O trabalho permanente deve ser feito por agentes penitenciários. Em entrevista por telefone à Agência Brasil, o Procurador Geral de Justiça do Estado, Rinaldo Reis, informou que seis funcionários por turno trabalham no local normalmente. A informação foi confirmada pela presidente do sindicato da categoria, Vilma Batista.
Com Agência Brasil

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