Donos de berçário são presos por torturar bebês e crianças em MT

Crianças sofriam agressões físicas e psicológicas (Reprodução)

Crianças sofriam agressões físicas e psicológicas
(Reprodução)

Ontem, a Polícia Civil de Sorriso (médio Norte de Mato Grosso) prendeu um casal de 44 anos, proprietário de um berçário naquela cidade, denunciados por agredir física e psicologicamente, bebês e crianças, de 0 a 5 anos, que ficavam sob os cuidados do estabelecimento, cuja mensalidade é de R$ 948,00.
O estabelecimento vinha sendo investigados pela polícia, após denúncias de pais que apontavam fatos graves de abusos físicos e emocionais contra as crianças.
Entre as agressões narradas pelas testemunhas à polícia estão tapas nas nádegas e na boca, mordidas, puxões, golpes com raquetes, empurrões e beliscões contra as vítimas.
“São várias vítimas, várias testemunhas, inclusive pessoas que já trabalharam nesse hotelzinho relataram que havia situações sistêmicas de maus-tratos e tortura contra essas crianças, incluindo tapas e empurrões até as crianças caírem no chão. Várias mães procuraram a delegacia e temos relatos até das próprias crianças que já verbalizam, pois tem muitas que ainda não sabem falar”, disse a delegada Jéssica Assis.
Os donos alegavam que os atos serviam para “disciplinar” as crianças. No entanto, as agressões eram imputadas a outras crianças, pela proprietária da creche, quando questionada pelos pais.
Segundo a polícia, testemunhas e até mesmo algumas crianças contaram que existia um “cantinho do pensamento” – um corredor escuro, que dava acesso ao quarto da proprietária, onde ela trancava as crianças que se comportavam mal e as deixava sozinhas, por até duas horas.
“Ex-empregadas do local também trouxeram imagens que mostram boca de criança cortada, marcas de tapas na bunda das crianças. Tem um acervo probatório bem robusto, que sustenta a denúncia”, ressaltou a delegada.
Os pais que questionavam as atitudes eram ameaçados de morte do proprietário do estabelecimento.
Após as investigações, a delegada Jéssica Assis representou pela prisão preventiva dos investigados, que foi deferida pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Sorriso.
Da Redação com g1MT

 

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