Efeitos colaterais da administração eclética

Paparicada pelo PSD, Marildes deve compor dobradinha, novamente, em 2020 (Foto: Gazeta MT)

Marildes do Rego: a “batata quente”, de Zé Carlos do Pátio
(Foto: Gazeta MT)

Enquanto em Cuiabá, o Partido Social Democrático (PSD) – que possui a maior bancada na Assembleia Legislativa, composta por seis deputados-  reclama por mais espaço no governo de Pedro Taques (PSDB), aqui em Rondonópolis a base de sustentação do prefeito José Carlos Junqueira de Araújo – Zé Carlos do Pátio (SD), está incomodada com a ingerência na Prefeitura, de partidos que durante a campanha eleitoral apoiaram Percival Santos Muniz (PPS) e Rogério Salles (PSDB), os dois candidatos derrotados à Prefeitura.
É o caso do PMDB de Carlos Bezerra, que indicou o médico Manoel da Silva Neto (Dr Manoel), para vice de Percival, e o PSD e o PSB, que apoiaram Rogério, com Marildes Ferreira do Rego (PSD), como sua vice.
Vencida a eleição, Zé Carlos acenou aos partidos adversários, para a formação de uma administração eclética politicamente, visando obter apoio de todas as siglas partidárias, para o bem comum do município.
Até aí, uma atitude louvável.
Entretanto, essa fórmula tem dado muita dor de cabeça ao novo prefeito, já que a exigência de cargos, tem desgostado sua base aliada original, principalmente aos membros de seu partido, o SD.
Enquanto o PMDB ficou a Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (Setrat) e o Departamento de Ações Programáticas da Secretaria de Saúde, o PSD ficou com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (por indicação do deputado federal Adilton Sachetti – PSB) e de quebra, com a Coordenadoria Executiva do Procon, cuja titular, ao que tudo indica, será Marildes do Rego, ex-secretária Municipal de Saúde no governo de Percival (em que teve, por sinal, atuação péssima – vide o assunto dos casos de microcefalia) e candidata a vice-prefeito, na chapa de Rogério Salles, além de cargos de segundo e terceiro escalões.
Ao SD, coube a nomeação de José Severino da Silva Neto (Nino), como presidente da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder) e a diretoria geral do Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis (Sanear), com Terezinha Silva de Souza.
Segundo se comenta, Mariuva Chaves (PMDB), que passou a responder pelo Departamento de Ações Programáticas da Secretaria de Saúde, bem como Marildes do Rego, como coordenadora do Procon, foram nomeadas a contragosto do SD e dos servidores dos órgãos, contando Mariuva com apoio do deputado federal e presidente do PMDB de Mato Grosso, Carlos Bezerra, e Marildes com apoio do deputado estadual Ondanir Bortolini, – Nininho (PSD), que está dando as cartas no partido, a nível de Rondonópolis.
Enquanto Milton Mutum, presidente do PSD municipal e secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico é graduado em Ciências Contábeis e em Administração, além de Especialista em Gestão Pública, e Mariuva Chaves é servidora de carreira na Saúde, estando portanto aptos a responderem pelas atribuições dos cargos apesar das contrariedades, Marildes do Rego  – graduada em História e Filosofia pela UFMT, especialista em Historiografia Brasileira, Ciências Políticas e Gestão Pública, com Mestrado História Social e Antropológica, também pela UFMT – passa longe de possuir conhecimentos técnicos e jurídicos para orientar e responder em defesa dos consumidores no Procon,  já que também é concursada pela Secretaria Municipal de Educação e pela da Saúde, nos cargos de Professor de História e Técnico Administrativo, respectivamente.
Aliás, a nomeação de Marildes do Rego para a coordenação do Procon, vai gerar mais um contratempo ao prefeito Zé Carlos, já que caso ela continue no cargo da Educação – do qual pediu afastamento por dois anos, cujo prazo termina no final do mês e não pode mais ser concedido novo afastamento -, terá que pedir exoneração de um deles, já que ambos somam 70 horas/diárias (30 na Educação e 40 na Saúde) de atividade, se configurando acúmulo de cargos, o que é ilegal.
E com o cargo de coordenadora do Procon, mesmo que peça exoneração de um dos cargos concursados, o problema do acúmulo de horário de atividades, continuará persistindo.
A pergunta que fica, é: Se ela já tem dois cargos efetivos – dum dos quais tinha que ter se exonerado, quando ainda era secretária de Saúde – recebendo por um deles (na Saúde) em torno de R$ 12 mil, porque quer assumir mais um, com salário acima de R$ 5 mil?

 

2 thoughts on “Efeitos colaterais da administração eclética

  1. Olha cheguei a conclusão que se o Zé se candidatar mais uma vez eu serei a primeira a pular fora . Sempre apoiei trabalhei sól a sol sem cobrar nenhum centavo só por gostar e adimirar o futuro prefeito, só que até agora não consegui emprego nenhum e tb todos os que trabalharam como eu estão à deriva. Então dá próxima vez vou trabalhar contra o Zé …E tem mais recebemos recado do seu acessor se quisermos empregos temos que fazer seletivo e rezar muito pra passar….. Então vamos lá dor de barriga não dá uma só vez…

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