“Enchendo linguiça”
Existem políticos que, na falta de assunto mais urgente e que tenham largo alcance social, apresentam projetos baseados no popular “enchimento de linguiça”.
Foi dessa prática despropositada, provavelmente que fez uso o deputado estadual Dilmar dal Bosco (DEM), ao apresentar e ter aprovada por seus pares na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e também sancionada no último dia 17, pelo governador Mauro Mendes – também democrata – uma lei que reconheceu o peixe pacu, como prato típico da culinária do município de Várzea Grande, conforme publicação no Diário Oficial do Estado (DOE), de ontem (18).
Pelo visto, o parlamentar não tem pautas mais urgentes da região que representa – o Nortão – e da qual recebeu 28.827 votos, que o reelegeram para o terceiro mandato consecutivo, em 2018.
Rondonópolis
Prática quase similar, foi adotada pelo ex-prefeito de Rondonópolis Percival Santos Muniz, a partir de dezembro de 2013, quando foi declarado o popular “espetinho”, como prato típico de Rondonópolis, em concurso desenvolvido somente para essa finalidade
Desenvolvido pelo Departamento de Turismo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico daquela gestão, o concurso – iniciado em novembro daquele ano – contou com inscrição de seis pratos, envolvendo como ingredientes básicos carnes diversas, peixes, massas e saladas, que foram apreciados por uma comissão julgadora, que tinha entre seus membros o próprio Percival, que aproveitou a “boquinha” e o evento, promovido com recursos do município.
Com tanta coisa mais necessária para ser feita, é de se perguntar: qual a utilidade de oficializar assuntos ou eventos dessa natureza?