Esquema Unemat/Faespe vai atingir grandes envolvidos em MT

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Sede da Faespe, em Cáceres (Joner Campos)

Sede da Faespe, em Cáceres (Joner Campos)

As fraudes apuradas na “Operação Convescote”, deflagrada no dia 20 deste mês pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) de Mato Grosso, que envolve convênios firmados entre a Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (Faesp), que é vinculada à Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), com órgãos estaduais e prefeituras – dentre elas a de Rondonópolis -, segundo o coordenador do Gaeco, promotor Marcos Bulhões, podem ser maiores do que os fatos que foram descobertos até agora, nas etapas de Cuiabá, Várzea Grande e Cáceres.
Marcos Bulhões declarou que as apurações do grupo, devem apontar “grandes envolvidos nesse esquema” e que a Faesp assinou convênios com diversas instituições estaduais e municipais e não prestou os serviços.
Esquema
A apuração do esquema revela que a Faespe contratava outras empresas, de fachada, para falsear o cumprimento das atividades que deveriam ser feitas pela fundação, cujo valor estimado pelas fraudes com dinheiro púbico, chegam a R$ 3 milhões, na primeira etapa deflagrada no dia 20.
O Gaeco estima que os valores sejam ainda maiores, porém somente serão descobertos ao longo das apurações sobre o caso.
Princípio
Conforme o promotor de Justiça Marcos Bulhões, novas apurações sobre o caso devem apontar outros integrantes do esquema criminoso. “Pelo que a investigação demonstrou até o momento, isso é apenas o princípio da apuração. Temos a expectativa de que isso evolua muito com os frutos da primeira fase de investigação, para que a gente consiga avançar e descobrir quem são os grandes envolvidos nesse esquema”, disse.
Bulhões ainda comentou sobre o modo como agia o grupo criminoso que atuava na Faesp. “Em vez de a fundação prestar esses serviços diretamente, ela emprestava eles a outras empresas, que só existiam no papel. Por esse trabalho supostamente prestado, as empresas de fachada recebiam esses valores da Faesp, que recebia dos órgãos, e devolviam o dinheiro para servidores do Tribunal de Contas ou funcionários da fundação”, explicou.
Rondonópolis
Somente em Rondonópolis, de janeiro de 2015 a dezembro de 2016, entre aditivos e suplementos, os valores de convênios feitos pela gestão do ex-prefeito Percival Santos Muniz (PPS) com a Unemat e a Faespe, chegam a quase R$ 62 milhões, conforme levantamento feito pelo Blog Estela Boranga comenta (leia matéria, aqui), no Portal da Prefeitura de Rondonópolis.
Em janeiro de 2015, quando foi publicado no Diário Oficial do Município o primeiro convênio de quase R$12 milhões por seis meses, o blog questionou a necessidade, a clareza dos serviços que seriam prestados – já que não estavam especificados – e também do por quê de investimento envolvendo valor tão vultoso -, sem imaginar que esse valor seria aumentado, atingindo o total de quase R$ 62 milhões.
Porém, até hoje nenhuma resposta foi dada às indagações da matéria.
Conforme informações repassadas hoje ao blog, prováveis envolvidos nas fraudes em Rondonópolis – caso sejam comprovadas oficialmente -,  já estariam se digladiando entre si, jogando a culpa um no outro.
Vamos aguardar, que a coisa é cabulosa!
da Redação com informações Folhamax

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