Exército licita compra de camarão, caviar e espumante

Produtos são refinados (Print)

Produtos são refinados
(Print)

Apesar do caos orçamentário que provocou e enfrenta o governo golpista de Michel Temer (MDB), segundo o site UOL, o Comando Militar do Leste, vinculado ao Comando do Exército, lançou em maio último uma licitação estimada inicialmente em R$ 6,5 milhões – que surpreende e foge da compreensão do contribuinte brasileiro.
A compra é destinada ao abastecimento dos hotéis de trânsito Hotran (Hotel de Trânsito do Comando Militar do Leste), no Rio de Janeiro e ao CGEA (Centro General Ernani Ayrosa), localizado em Petrópolis – área serrana turística daquele Estado.
Lista
A lista inclui a compra de 449 itens, dentre produtos refinados e bebidas alcoólicas: 1.994 kg de camarão de diversos tipos (fresco, sem casca, congelado etc.); 330 kg de salmão, em posta; 240 caixas de carpaccio de salmão (embalagens com 300 gramas); além de 109 potes de caviar. Também foram licitadas 3.751 garrafas de vinho de diversos tipos, importados e nacionais; 7.200 latas de cerveja; 30 garrafas de uísque; 23 de tequila; 35 de vodca e 360 de espumante, além de cachaça da melhor qualidade.
Hóspedes
Os hotéis de trânsito do Exército são frequentados por militares, em missão ou não, seus dependentes (se acompanhados dos militares) e servidores civis das Forças Armadas. Civis não vinculados às Forças Armadas só podem se hospedar nos estabelecimentos, com autorização dos militares.
O Comando Militar do Leste disse que os itens irão para hotéis, não para quartéis, e visam atender ao consumo de seus hóspedes e para abastecer os restaurantes e os bares das piscinas dos estabelecimentos.
O edital foi lançado um mês depois de a equipe econômica do governo federal confirmar a previsão de déficit nas contas públicas de R$ 139 bilhões para 2019 e dois meses depois de o governo liberar R$ 1,2 bilhão, para a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro.
Ficam duas perguntas, que certamente não serão respondidas: Os hotéis não possuem caixa próprio para se manterem, já que os hóspedes pagam pelos produtos? Os valores repassados vão voltar aos cofres da União?
Enquanto isso,  a população brasileira – que mantem os cofres públicos – sofre com os hospitais lotados e com a falta de equipamentos e medicamentos.
É de revoltar!
Da Redação com UOL

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