Grêmio pode ser rebaixado do Brasileirão

O Grêmio Foot-Ball Porto-Alegrense, poderá vir a sofrer pesadas punições pela CBF, por reincidência de atos de racismo praticados por torcedores, durante o jogo com o Fluminense, no último domingo (05), na Arena, pela 3ª Rodada do Campeonato Brasileiro 2019.
Torcedores gremistas ainda não identificados, após o jogador Yony Gonzáles ter marcado o quinto gol do Fluminense nos acréscimos finais, que deu a vitória ao time carioca pelo placar de 5 a 4, teriam gritado para ele a palavra “Macaco”, que estaria constando em áudio de vídeo.
A situação está sendo analisada pela Procuradoria do STJD e pode penalizar a equipe gaúcha com jogos sem torcida durante todo o Brasileirão, perda de pontos e até o rebaixamento do Campeonato Brasileiro da Séria A.
No Twitter, a direção gremista divulgou que: “O Grêmio informa sua torcida e demais entes, que tomou conhecimento do vídeo publicado nas redes sociais que sugere injúria racial contra o atleta Yony González, do Fluminense. O Clube está apurando o ocorrido e de antemão manifesta seu inteiro repúdio a todos os tipos de injúria”.
Reincidência
Em agosto de 2014, atos racistas por parte de torcedores gremistas também foram manifestados contra o goleiro Aranha, do Santos, que jogava contra o Grêmio em Porto Alegre, mas não teria sido o primeiro registrado.
Também em março daquele ano, durante um Gre-Nal, o zagueiro colorado Paulão foi chamado de macaco por um torcedor gremista, na saída de campo.
Antes, em maio de 2011, também em um Gre-Nal, o atacante colorado Zé Roberto disse que ouviu manifestações racistas da torcida do Grêmio antes e durante o jogo. “Quando eu estava aquecendo, o torcedor começou a fazer imitações de macaco. Aconteceu quando peguei na bola algumas vezes. Alguns companheiros me disseram que isso é normal. Fiquei meio assustado”, disse Zé Roberto, na época.
Em 2008, torcedores de duas organizadas do Grêmio se envolveram em uma briga que teria começado por motivações racistas. Uma delas estendeu uma bandeira em homenagem ao ex-jogador Everaldo, negro que defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo de 1970. Dois torcedores não teriam gostado da homenagem a pessoas negras e teriam iniciado ao confronto, que deixou dois gremistas baleados.
Da Redação com GE