Incêndio em São Paulo: se não havia risco de desabar, por que desabou?
Situações intrigantes estão acontecendo, sem que as respostas dadas tenham embasamento suficiente para se descartar, de que possa haver “coisas estranhas” no ar.
Foi assim com o atentado que tirou a vida da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e seu motorista Anderson Gomes, no Rio de Janeiro, à caravana de Lula, (ambos praticados em março último) e o ataque à bala ao acampamento em Curitiba, na semana passada.
A demora em se apontar os culpados e outras “evidências”, é o fator maior para gerar a desconfiança, de que há algo errado e que foge ao controle das atribuições da polícia, como por exemplo, o fato das câmeras de segurança no trajeto fatídico percorrido pelo vereadora estarem, estranhamente, desligadas e no de Lula, de se apurar se os tiros foram dados do solo ou de cima de árvores, sem se considerar quem sejam os autores.
No caso do edifício de propriedade da União de 24 andares localizado no Largo do Paissandu, que na madrugada do dia 1º deste mês ardeu rapidamente em chamas e desabou em bloco (ao estilo de uma implosão), estranhamente – segundo testemunhas – o portão de saída estava trancado, obstaculizando a saída dos moradores que pertenciam a um movimento social em defesa ao direito à moradia..
Em novembro de 2016, o engenheiro Álvaro de Godoy Filho, da prefeitura paulistana, afirmou em texto que não havia problemas na estrutura do edifício, afirmando na ocasião que, “Referente à estrutura da edificação ou sua estabilidade, não verificamos anomalias que impliquem em risco para o prédio”.
Em março de 2017, outro relatório diz que o prédio “não corria risco de desabamento”. Em novembro, Godoy Filho repete que não foram verificadas “anomalias que implique em risco de desabamento”.
Até agora, a Prefeitura de São Paulo não se manifestou sobre o engenheiro que assinou esses documentos.