Governo atrasa repasses novamente e Santa Casa interrompe atendimento pelo SUS

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Serviços do SUS estão paralisados (Arquivo/Primeira Hora)

Santa Casa também paralisa atividades
(Foto: Primeira Hora)

Em mais um capítulo da novela de atrasos de repasses pelo governo de Mato Grosso, a Santa Casa e Maternidade de Rondonópolis inicia a partir das 12 horas de hoje, a paralisação de atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ficando liberados somente os casos de urgência e emergência.
Débito
Os recursos atrasados já somam R$ 1.428.000,00 e são referentes a quatro parcelas de R$ 357 mil, incidentes sobre os meses de março, abril, maio e junho deste ano, ficando de fora apenas julho, que está dentro do prazo de pagamento.

A paralisação atingirá as unidades de tratamento intensivo (UTI’s) Geral Adulto, Pediátrica, Neonatal e Coronária Adulto, além da agenda às gestantes – que mensalmente registra um atendimento em torno de 1.500 grávidas e 400 partos, referente à clientela de Rondonópolis e de mais 18 munícipios da região Sul de Mato Grosso.
Segundo a assessoria confirmou ao Blog Estela Boranga, os atendimentos eletivos e ambulatoriais serão desmarcados, sendo que as pessoas deverão procurar outros locais de atendimento, como a Unidade de Pronto Atendimento (UPA III) e PSFs do município.
A medida vai ocorrer, devido à falta de programação de datas e de comprometimento da Secretaria Estadual de Saúde (SES), “que apesar de saber da possibilidade de paralisação avisada com antecedência, não tomou providências a respeito, em tempo hábil”, frisou a Assessoria de Comunicação da Santa Casa de Rondonópolis.
Outras unidades
Além de Rondonópolis, paralisam atividades também as outras três unidades filantrópicas do Estado: os hospitais Santa Helena, Geral Universitário e Santa Casa de Misericórdia, em Cuiabá.
Segundo a Federação dos Hospitais Filantrópicos de Mato Grosso, o débito do governo de Mato Grosso para com os quatro hospitais ultrapassa a casa dos R$ 10 milhões e o acordo fechado durante a paralisação realizada no ano passado, não está sendo cumprido.
As quatro unidades filantrópicas juntas, são responsáveis por 80% dos atendimentos de média e alta complexidade no Estado.
O atendimento só será regularizado, após uma solução efetiva dos atrasos, frisa a federação.

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