JN mostra vídeo da “farra da propina” em MT
Na edição do Jornal Nacional ontem à noite, foi mostrada reportagem sobre parte da “farra da propina” com recursos públicos, que acontecia durante o governo de Silva Barbosa (PMDB) em Mato Grosso.
Vários políticos foram citados por ele, no depoimento prestado à Procuradoria Geral da República (PGR), em delação premiada autorizada pela Supremo Tribunal Federal (STF), em julho passado.
Na matéria de ontem, aparecem quatro dos então deputados estaduais – conforme citados ontem, na matéria do Blog Estela Boranga comenta – que, segundo o depoimento de Sinval, receberam R$ 600 mil cada um: Emanuel Pinheiro (PMDB), atual prefeito de Cuiabá; Hermínio J. Barreto (PR), ex-prefeito de Rondonópolis e ex-deputado estadual e que está sem mandato atualmente, ficando mais em Brasília em apoio ao gabinete do senador Wellington Fagundes (também do PR); o atual deputado federal Ezequiel Fonseca (PP); a atual prefeita de Juara, Luciene Bezerra (PSB); e o petista Alexandre Cesar, que cumpriu dois mandatos na Assembleia Legislativa de Mato Grosso e hoje também está sem mandato.Cesar, é procurador do Estado e pode perder o cargo.
Das imagens, que geraram revolta e enojaram os mato-grossenses de bem, se pode comprovar a intimidade desses políticos com a corrupção e a prática da propina, que além de lesarem os cofres públicos, comprovam sua omissão em fiscalizar a aplicação correta dos recursos na realização de obras que Mato Grosso necessita.
Um dos mais ricos estados brasileiros, Mato Grosso sofre a ação desenfreada dos corruptos e a exemplo do que acontece em outras esferas do Poder no Brasil, consolida-se como um referencial de cleptocracia, contribuindo para que no País essa prática tenha se tornado sistêmica.
O mais revoltante disso tudo são as explicações dos envolvidos, que negam veementemente a culpabilidade e que irão provar na Justiça sua “inocência”, como se a população fosse um bando de ignorantes, sem a real percepção da sujeira que em que se transformou a política brasileira.
Estão no vídeo da matéria as provas inegáveis da corrupção, cujos valores foram entregues na sala do chefe de gabinete do então governador Silval Barbosa, no Palácio Paiaguás, que joga por terra a provável desculpa dos envolvidos, de que os valores eram recursos de campanha, como se os cofres do Estado tivessem a legalidade de manter campanhas políticas.
Podridão é ainda um adjetivo leve, para o que se vê no vídeo.
Como disse o ministro Luiz Fux, do STF, no mês passado (leia aqui), a delação de Silval Barbosa é mesmo “monstruosa” e, certamente, ainda tem muita sujeira a ser mostrada.
Muita riqueza neste Estado, foi feita em cima de ladroagem, roubalheira e conivência.
Barato para os envolvidos, é que a coisa não deve e nem pode ficar!
Assista a “farra da propina”:
É nisso que dar ser “descuidado”! Se esses incautos aí dos vídeos tivessem mandado alguns asseclas para buscar as “malas ou pacotes”, poderiam se safar. Isso aí é “batom na cueca”, não tem desculpa! Da próxima vez eles serão mais cuidadosos, podes crer!