Juiz autoriza divulgação de provas contra Neuma e Roni Magnani

(Reprodução/Folhamax)

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Em decisão do dia 16 deste mês, o juiz da 51ª Zona Eleitoral de Cuiabá, Francisco Alexandre Ferreira Mendes Neto, autorizou o compartilhamento de provas obtidas pela Polícia Federal (PF), por compra de votos nas eleições de 2022, contra a primeira-dama de Rondonópolis, Neuma de Morais (PSB), que concorreu à Câmara Federal no pleito deste ano, obtendo 44.931 de votos válidos.
Com a decisão do magistrado, a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) deverá utilizar as provas para ingressar com uma ação civil pública contra a então candidata.
As investigações da Polícia Federal por compra de votos, se estendem também ao vereador e presidente da Câmara Municipal da cidade, Roni Magnani (PSB), que concorreu a uma vaga de deputado estadual, obtendo 20.928 votos e ficando na primeira suplência no Legislativo Estadual, pelo PSB.
Na decisão, o juiz explicou que “Tendo em vista a relevância dos fatos sob escrutínio, que, caso confirmados reclamam a devida reprimenda nas searas próprias, presentes os requisitos comumente indicados pela doutrina especializada, quais sejam, identidade de partes e de fatos, por razões de necessidade, racionalização e eficiência da prestação jurisdicional, sendo consabido, ademais, que as provas angariadas nos autos só podem vir a lume, ordinariamente, por intermédio de procedimento criminal, não há suporte para a sua negativa”, explicou o magistrado.
Ação
No dia 04 deste mês, a Polícia Federal (PF) cumpriu seis mandados de busca e apreensão, nas cidades de Cuiabá e Rondonópolis, contra seis investigados de corrupção eleitoral em outubro deste ano. As investigações tiveram início após a prisão em flagrante de Odenir Nunes de Oliveira, que se apresentava como “assessor e intermediário político” de candidaturas, dentre as quais a de Neuma de Morais e Roni Magnani.
Com ele foram apreendidos R$ 11,3 mil em espécie, material de campanha dos dois candidatos, lista de eleitores supostamente cooptados, dentre outros elementos probatórios. No decorrer das investigações, a Polícia Federal constatou que o preso era intermediário dos candidatos e oferecia dinheiro pelo apoio político às lideranças partidárias nos bairros.
A reportagem do Pura Notícia tentou manter contato por telefone com a primeira-dama de Rondonópolis e com o presidente da Câmara Municipal, mas não logrou êxito até o fechamento desta matéria.

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