Juíza recebe ação contra grupo de Rondonópolis que criou pirâmide financeira

Juíza recebeu o processo do MPE (Divulgação)

Juíza recebeu o processo do MPE
(Divulgação)

A juíza Ana Cristina Silva Mendes, titular da Sétima Vara Criminal de Cuiabá,  recebeu processo proposto pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPE) contra organização criminosa investigada em razão de suposto esquema fraudulento conhecido como pirâmide financeira, operado sob o disfarce de marketing multinível, relacionado à prestação de serviços de aplicação no mercado financeiro.
A magistrada é juíza em Vara Criminal Especializada Contra o Crime Organizado, com jurisdição em todo o Estado de Mato Grosso, bem como os Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e as Relações de Consumo, os Crimes Contra a Administração Pública e os Crimes de Lavagem de Dinheiro praticados em Cuiabá.
Réus
Com o recebimento da ação proveniente da Operação Easy Money, viraram réus: Mateus Pedro da Silva Ceccatto, Príscilla Dhane Pereira de Oliveira, Agnaldo Bergamin de Jesus, Vanessa Fernandes Dutra, Eder de Melo Gonçalves, Eduardo Alves Lopes, Danilo Cerqueira dos Santos, Vinicius Silva Siqueira, Renato Evangelista dos Santos e Aline Lima Malta Evangelista.
Dos 10 réus, seis encontram-se presos preventivamente, três estão foragidos (Agnaldo Bergamin de Jesus, Vanessa Fernandes Dutra e Eduardo Alves Lopes), enquanto  Aline Lima Malta Evangelista está em prisão domiciliar, por ter um filho menor de 12 anos.
Modus operandi
De acordo com as investigações, as ações do esquema piramidal eram realizadas por meio da empresa King Investimentos, posteriormente chamada de King-Bentley e King Prime, com sede em Rondonópolis. Indícios apontam para a prática de crimes de lavagem de dinheiro e contra a economia popular. Empresa teria captado em apenas alguns meses de existência, mais de 40 mil pessoas.
“Com a distribuição do produto do crime entre os membros da organização criminosa e com o natural esgotamento progressivo de ingresso de novas pessoas para a base piramidal, o esquema, inevitavelmente, começa a ruir, e, de sua vez, as vítimas e os prejuízos por elas sofridos também começam a aparecer”, diz trecho do processo.
Ainda segundo os autos, promessa de rentabilidade do empreendimento tinha como carro chefe o retorno de até 43,33% ao mês no exíguo prazo de 6 meses, sendo certo que boa parte dele seria resultado de cooptação de novos “investidores”.
Da Redação com Olhar Jurídico

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