Justiça determina detenção de João Zuffo no Centro de Custódia da Capital

Desde a quinta-feira (9), quando foi preso pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) por supostamente chefiar uma quadrilha e por envolvimento na morte do advogado João Anaídes de Cabral Netto, 49 anos, ocorrida na madrugada do dia 18 de julho deste ano, na zona rural de Juscimeira (MT), o contador e empresário João Fernandes Zuffo, de Rondonópolis, após ter passado por audiência na 7ª Vara Criminal de Cuiabá, foi encaminhado ao Centro de Custódia da Capital (CCC), por ter Curso Superior.
A determinação, de caráter provisório, partiu da juíza Tatiane Colombo, para que ele possa receber atendimento médico por ser diabético e ter sido internado recentemente, para tratamento de covid-19.
Até ser preso, quando saia para uma caminhada matinal no bairro Consil em Cuiabá, João Zuffo tinha prisão preventiva decretada e estava foragido.
Operação Flor do Vale
O inquérito conduzido pela Delegacia da Polícia Civil de Juscimeira (MT) apurou as circunstâncias e identificou os envolvidos no crime ocorrido naquela madrugada, no Condomínio de Chácaras Flor do Vale, na zona rural do município, que vitimou o advogado João Anaídes.
De acordo com o delegado da Polícia Civil Ricardo Franco, as provas produzidas e indícios reunidos no inquérito demonstram a liderança do contador no planejamento e execução de diversos crimes patrimoniais ocorridos na região. Ele planejava, apontava e indicava aos comparsas do grupo criminoso os lugares para executar os roubos, entre eles o que ocorreu no condomínio de chácaras onde três propriedades foram alvos do grupo e em uma o advogado foi morto.
Zuffo tem uma chácara no mesmo condomínio onde ocorreu o latrocínio e na data ele estava na propriedade, onde aguardava a conclusão do roubo, se passando por vítima.
Um dos criminosos presos durante a operação Flor do Vale é funcionário do contador. A investigação identificou ainda a participação dele, do patrão e de outros dois em outro roubo cometido também contra um advogado, em dezembro do ano passado, quando foi levado um veículo BMW da vítima, em Cuiabá. Na ocasião, o contador estava presente no local do roubo e, também, se passou por vítima.
“É uma organização criminosa que conseguimos desmantelar, com a identificação de todos os envolvidos e a prisão de alguns deles. Os demais estão com os mandados expedidos e que tentaremos cumprir”, esclareceu o delegado. A investigação contou com apoio da Delegacia Regional de Rondonópolis.
Da Redação com Olhar Jurídico