Falta CoronaVac e sobra a AstraZeneca (Reprodução)

Falta CoronaVac e sobra a AstraZeneca
(Reprodução)

A falta de vacinas para a segunda dose, por conta da irresponsabilidade do governo federal, já começa a ter reflexos no lado mais fraco da corda (os municípios), que são os responsáveis diretos pela aplicação dos imunizantes.
Muitos deles e entre eles Rondonópolis, não têm estoque para o reforço diferenciado entre as duas vacinas CoronaVac/Sinovac/Butantan, que deve ser administrada em um intervalo de quatro semanas, e AstraZeneca/Oxford/Fiocruz, com intervalo de 12 semanas, após a primeira dose.
Isso porque o Ministério da Saúde liberou as doses de reforço para a primeira dosagem, sem ter assegurada a reposição em tempo hábil, das doses necessárias para tanto.
Se por um lado o Ministério da Saúde descarta que intervalos aumentados entre as doses das vacinas possam ocasionar a redução na eficácia do esquema vacinal, por outro recomenda que os atrasos devem ser evitados, em razão de que não se pode assegurar a devida proteção do indivíduo até a administração da segunda dose.
Vai entender um “trem doido”, desse.
Não bastasse isso, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu no dia 26 último, que há dificuldade no fornecimento de vacinas para aplicação da segunda dose da CoronaVac, devido ao atraso de chegada ao país, do insumo vindo da China para o Butantan, para a produção de imunizantes destinados  à cobertura vacinal da 2ª dose.
E no “olho do furacão”, está a população brasileira, prá variar.
Voltando a Rondonópolis, a situação se mostra complicada, porque a falta de vacinas ontem (27) já causou tumulto, quando mais de 1000 pessoas foram aos postos de vacinação em busca da segunda dose que já teriam direito e não puderam receber o reforço.
Soma-se a isso a vacinação, simultânea, hoje (28), da faixa etária de 60 anos ou mais; para pessoas imunossuprimidas com 59 anos e pacientes renais crônicos, atendidas pelo Serviço de Atenção Especializada (SAE) e pelo Centro de Nefrologia, que vão receber a primeira dose da CoronaVac; além de estar sendo aplicada a vacina contra o H1N1 (gripe Influenza), para algumas pessoas dos grupos considerados prioritários.
Prá embolar ainda mais o “meio de campo”, recebemos surpresos, a informação que o competente e polivalente Paulo Padim – gerente do Departamento de Saúde Coletiva da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) – que vinha dando “conta do recado” satisfatoriamente, tanto que foi alvo de elogios não só pelo blog mas também pelo secretário de Estado de Saúde e pelo governador de Mato Grosso, foi remanejado para outras funções no departamento que dirige.
O que acreditamos que tenha sido uma decisão equivocada do prefeito Zé Carlos do Pátio, que pode ter dado um “tiro no próprio pé”, se partindo do pressuposto  que “em time que está ganhando, não se mexe”!

1 thought on “Lambança

  1. Pois é. Agora estamos a ver navios. Sem nenhuma nota da prefeitura de quando será a vacinação. Sem perspectiva tal como está esta grande nave de insensatos que se chama Brasil. Parabéns Estela pela matéria.

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